CARNAVAL DE 2019
SINOPSE DO ENREDOAfricanidade |
Já vimos passar muitas vezes nas passarelas tupiniquins a segregação do povo africano.
Enredos históricos, sambas antológicos, desfiles memoráveis trouxeram a reflexão de um período triste de nossa existência.
Chega de sofrimento!
Nossa travessia será de alegria, pintaremos a avenida com as cores do continente que mais nos influenciou.
A cultura, o gingado, a astúcia de vencer adversidades sempre com o sorriso no rosto, jongo, capoeira, samba de roda, lundu, maracatu, congada, umbigada e tantos ritmos diferentes país afora.
Iaiá vai cantar pra ioiô e ioiô pra iaiá. a baiana vai girar seu tabuleiro, mulheres lindas e seus turbantes coloridos vão enfeitar seu olhar.
Estamparias, arco íris em pleno chão de onde brotam as raízes de baobás testemunhas de todos os sentimentos.
Só queremos brincar, mostrar que nossas influências vão muito além do samba e da feijoada, está dentro de nós essa alegria de viver, cada brasileiro carrega nas veias o sangue africano.
Nosso discurso é simples, não viemos contar nenhuma história escondida no tempo, nem exaltar nenhum personagem dos livros de literatura, queremos apenas mostrar nosso jeito de viver, fazer carnaval no carnaval.
Quando a sirene tocar e o surdo começar seu ritual de ser castigado pra trazer felicidade, seremos a africanidade, a negritude, a senzala em festa, reis, rainhas, mostraremos o porquê de sermos assim, um povo que canta é feliz!!!!!
Salve a África
Salve o Brasil
Salve a União de Jacarepaguá!!!!
O teu passado toma vida são rituais, festas e danças
Que saíram das senzalas
E hoje encantam esta avenida
Mas… de onde vem nossa magia?
De cantar a liberdade, lutar por igualdade
Vestir a fantasia?
Já fui a dor no cativeiro
Esperança de uma raça
Alegria no terreiro
Saudade que não passa
A fé eu levo no peito, axé nos meus orixás
Do meu lugar guardo respeito
E um tempo de paz…
Sou o couro esticado, o sangue no tambor
Lembrando meu passado, mostrei meu valor
A passista e seu gingado, cintura de mola
Velha guarda é o legado, tradição da minha escola
Na cabeça da morena
Vão se as cores e a raiz
A baiana entra em cena
Sem medo de ser feliz
Eu sou negro, resistência eu sou Odara
Brasileira arte de misturar
Eu sou negro, a joia mais rara
Sou brilho, colorido de se ver
União, a Vitória há de chegar
Lindo, um novo amanhecer
Resplandecem todos os povos da senzala
Kizomba em terra de bamba
Somos a voz que não se cala
Através do samba
Nasce a luz de um novo dia
Reluz minha verdade
E a União de Jacarepaguá que anuncia
AFRICANIDADE!
Carnavalesco: Jorge Caribé
Autores: Ney Lopes e Samir Trindade