Estácio
A vermelho e branco do Morro do São Carlos Pisou forte na abertura do carnaval. Com o Enredo “Pedra” de Rosa Magalhães a Estácio fez um desfile correto, sem muitos brilho, mas sem grandes erros. O destaque positivo da escola foi o conjunto de fantasias elaborado pela professora e impactante Abre-alas com o tradicional Leão em seu topo. A Harmonia e evolução foram inconstantes, alternando setores com desempenho fraco e outro com desempenho forte. O samba-enredo foi muito bem executado pelo veterano interprete Serginho do Porto
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Viradouro
Candidata ao título, podemos assim definir a passagem da Unidos pela Viradouro nessa primeira noite de desfile. a Vermelho e Branco de Niterói juntou o requinte de sua beleza plástica com uma apresentação empolgante na parte musical, a arquibancada vinha abaixo onde a bateria de mestre Ciça se apresentava. A comissão de frente arrancou aplausos do público com sua sereia, assim como o Casal de mestre-sala e porta Bandeira, Julinho e Rute.
Mas nem tudo são flores, pequenos erros podem tirar o título da Viradouro, um buraco foi aberto enfrente ao segundo módulo de jurados e o carro abre-alas passou completamente apagado pela Sapucaí. Apesar dos problemas, a Viradouro com certeza será umas das escolas que brigarão pelo título.
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Mangueira
A verde e rosa apresentou o conturbado enredo “A verdade vos fará livre”, que se apresentou de uma forma um tanto quanto confusa na Sapucaí, não se sabia se era uma recriação ou releitura da Vida de Jesus de Nazaré, como apresentado na comissão de frente, ou uma ótica tradicional, como na abertura da escola. O Samba não performou bem na Sapucaí, tornando o desfile arrastado, nem a bateria de mestre Wesley conseguiu ajudar muito, esta foi prejudicada pela fantasia, os componentes tiveram de usar uma mascara que cobria o rosto, fora um chapéu que além de abafar o som, prejudicava a visualização de sinais dos diretores.
O Ponto alto do desfile foi a comissão de frente, apresentou quem poderia ser Jesus hoje em dia, qualquer pessoa que sofra nas mazelas da sociedade como o mesmo a 2022 anos atrás. Jesus poderia ser pobre, negro, mulher, homossexual e qualquer outra situação de vulnerabilidade, a Comissão de frente de Priscilla Mota e Rodrigo Negri resumiram em 15 componentes o que gostaríamos de ver no restante da escola.
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Paraíso do Tuiuti
A Paraíso do Tuiuti se preparou para uma grande apresentação, com um belo conjunto plástico elaborado por João Vitor, um belo enredo que ligava Dom Sebastião à São Sebastião, padroeiro da escola, e um samba competente. Todavia o que se viu foi um desfile repleto de erros de evolução e harmonia. Carros tiveram dificuldades de entrar na passarela do samba, prejudicando bastante a evolução da escola, a harmonia também não foi boa, muitas alas não cantavam o samba. No final a escola ainda teve que acelerar o passo para finalizar o desfile.
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Grande Rio
A Acadêmicos do Grande Rio fez um desfile arrebatador, mas com diversos erros de evolução que podem custar caro. Comecemos pelos erros, pois foi logo no início da escola que eles aconteceram, a segunda metade do abre-alas ficou muito tempo para que se colocassem os destaques, resultado: um pequeno buraco em frente ao setor 3 que pode penalizar a escola, fora o atraso na evolução que a espera por essa metade ocasionou, fazendo com que a escola parasse de evoluir por alguns minutos. Outros pequenos erros de evolução foram percebidos, como carros que se deslocavam mais lentos que os componentes, abrindo pequenos buracos.
Apesar destes erros, a tricolor de Caxias fez um desfile arrebatador, uma aula de bom gosto da dupla Gabriel Haddad e Leonardo Bora, uma bateria impecável de mestre Fafá, uma apresentação monumental de Evandro malando com o possível melhor samba do ano, sem falar de uma comissão de frente que levantou o público com sua dança. Uma apresentação de gala que traz a Grande Rio de volta as suas raízes.
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União da Ilha
A união da Ilha do Governador fez um desfile irreconhecível, tanto em seu projeto, sem qualquer identificação com a história de escola, como em evolução de Avenida. O Enredo não era claro, não entendíamos a proposta, não sabíamos onde começava e onde ia terminar, para piorar ainda proporcionou uma estética de gosto duvidoso, apesar de muitas vezes muito bem realizada, como o Abre-alas, uma favela muito bem feita, apesar dos péssimos helicópteros que a cercava, um misto de bom e mal gosto no mesmo lugar. A bateria dos mestres Keko e Marcelo mereciam uma fantasia à sua altura, de longe o ponto alto do desfile.
Para completar o fraco desfile, a Agremiação apresentou, em diversas alegorias, dificuldade de manobra e locomoção, o que fez com que sua evolução fosse parada diversas vezes, enormes buracos foram abertos, e uma correria no final fora necessária, mesmo assim o tempo estourou em 1 minutos e a União da Ilha começará a apuração com menos 0,1 pontos. Um desfile para ser esquecido na Ilha do Governador.
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Portela
Ultima a desfilar, já no amanhecer, a Azul e branco de Madureira veio com o enredo “Guajupiá, Terra sem males”, relembrando a vida dos primeiros habitantes do Rio de Janeiro. Preparado já para um céu claro, Renato e Marcia Lage apostaram em cores vibrantes para superar a ausência de iluminação artificial. Destaque para a tradicional águia da Portela, que desta vez não veio tão tradicional assim. Sua asa era feita de diversas palhetas que se moviam, representando o bater de asas da Águia.
O Desfile em si foi correto, sem grande brilho, com destaque positivo para a bateria tabajara do samba de Nilo Sérgio, em mais uma apresentação correta que ajudou bastante harmonia da escola. A Portela provavelmente brigará para voltar no sábado das campeãs.
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