CARNAVAL DE 2016
SINOPSE DO ENREDOParalimpíadas: Espírito em Movimento |
Impulsionado pelo sentimento competitivo e olímpico – cria-se na Grécia os Jogos Olímpicos, para celebrar a paz e unir os povos. Selecionavam para as competições os mais fortes e velozes de cada Nação, criando um padrão atlético que excluía quem não exibisse tamanha perfeição… O Colibri segue a via inversa dos padrões instituídos e, na gênese do seu desfile, mostra que não existe “impossível” quando há desejo de superar os obstáculos.
Enaltece a garra, a fibra e, numa celebração carnavalesca, homenageia os atletas paraolímpicos.
Acende a chama da vitória… A paraolimpíada transcende o sentido da superação e vence: salta, lança, corre, nada, sua, descreve a alma dos seus atletas à conquista do sentimento olímpico. Constitui os Jogos Paraolímpicos unindo poesia e esporte ao sabor dos magníficos momentos em que o atleta controla a sua arte… Essa espontaneidade esportiva, historicamente é fruto da genialidade do médico alemão Ludwig Guttmann – autor de um novo método de tratamento e reabilitação para os mutilados pelos terrores da Segunda Guerra Mundial e pessoas com algum tipo de deficiência ao “estimulo esportivo”.
O tratamento de Guttmam incentiva e promove o primeiro evento esportivo, exclusivamente para portadores de deficiência física, realizado no mesmo ano das Olimpíadas de Londres (1948), em uma cidade – próxima à capital inglesa – chamada Stoke Mandeville. O evento torna-se uma referência internacional com a chancela de “Paraolimpíada” – com destaque para a primeira organização dos Jogos Paraolímpicos, na Suécia, em 1976.
Eventos que, movidos por excelência à solidariedade e à inclusão social, alcançam a integração de pessoas com deficiência física ao “mundo esportivo”.
Como reconhecimento, os “Jogos Paraolímpicos” são vinculados aos “Jogos Olímpicos” e passam acontecer de quatro em quatro anos nas cidades que sediam as Olimpíadas.
A cada realização dos Jogos Paraolímpicos, ao logos dos anos, amplia-se a via de sensibilização, respeito e aproximação dos Jogos com o grande público. Nos idos de 1989 é criado o Comitê Paraolímpico Internacional, reunindo 162 países, com um programa de alcance para mais de 25 modalidades esportivas, incluindo a participação de deficientes visuais, mentais, amputados e pessoas com lesões na coluna espinhal.
A superação dos atletas paraolímpicos constrói um pódio de paixão e glória, resignificado no tremular da bandeira paraolímpica: o “espírito em movimento” é a “força e a vontade de vencer os desafios”. A Paraolimpíada alia-se ao sentimento de vitória, à prática esportiva como direito humano, compreensão e amor sem discriminação… Ultrapassa o que, inicialmente, importa: reabilitar-se fisicamente, e protagoniza o cenário mundial dos esportes revelando uma “simbiose natural” – mutuamente representada sob a tríade deficiência-atleta- superação.
Escalada que faz do Brasil um dos principais países reveladores de atletas medalhistas e recordistas mundiais.
A linha do “tempo esportivo” remete-nos aos Jogos Paraolímpicos de 2016, na cidade do Rio de Janeiro…
Pela primeira vez a edição da Paraolimpíada será sediada na América do Sul integrando valores paraolímpicos de “inspiração, coragem, igualdade e determinação”.
Sejam bem-vindos ao carnaval do respeito e da determinação… Cantemos unidos numa só voz: somos Colibri, a “Paraolimpíada do Espírito em Movimento”.
Carnavalescos: Alexandre Costa Pereira, Lino Sales e Marcus Vinicius do Val
Supervisão e texto | Historiador-Enredista: Marcos Roza