CARNAVAL DE 2017
SINOPSE DO ENREDOO Samba Não Tem Fronteiras, o Favo de Acari Conta a História dos Bambas da Mangueira |
Em comemoração a volta de suas cores originais, o verde, rosa e ouro, e os 100 anos do samba comemorados em 2016, o Grêmio Escola de Samba Favo de Acari reeditará o seu enredo campeão de 2007.
1º SETOR: INICIO DE UMA GRANDE HISTÓRIA
“Quando eu piso em folhas secas/ Caídas de uma mangueira/ Lembro da minha escola/ E nos poetas da minha estação…” – E, com o trecho desta linda melodia do grande artista Nelson Cavaquinho, daremos início a uma grande viagem em homenagem a Estação Primeira de Mangueira e exaltar seus grandes bambas.
Não poderíamos falar dos grandes bambas que contribuíram para a formação desta grande escola de samba sem contar um pouco de como tudo começou. Começou com uns barracos que foram erguidos nas terras do Visconde de Niterói. Terras que haviam sido doadas pelo Imperador D. Pedro II.
Nos fundos do terreno onde foi construído o palácio, hoje conhecida como A Quinta da Boa Vista. Havia um morro que na época era conhecido com Morro do Pedregulho. Entre 1850 e 1852 foram instalados nele os postes das linhas telegráficas e, assim, o nome foi adotado e passou a se chamar Morro do Telegrafo.
2º SETOR: SOBRE TRILHOS A CHEGADA DE UM NOVO AMANHÃ
Em 1861 chega o serviço de transporte ferroviário na cidade. Entre as estações São Cristóvão e São Francisco Xavier, existia uma fábrica de chapéus — Fábrica Fernandes Braga —, que em pouco tempo passou a ser conhecida como Fabrica das Mangueiras. Pois a Região era uma das principais produtoras de mangas da cidade do Rio de Janeiro.
Em 1869 foi inaugurada uma estação naquela região, e foi batizado como Estação Mangueira. Nome que passou a ser conhecido em toda região. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira e apenas uma parte do morro continuou sendo conhecida como o Morro do Telegrafo.
Com a urbanização, muitas das residências daquela região foram demolidas que, em sua maioria, eram casas de soldados, que ganharam o direito de levar os restos dos destroços da demolição para construir sua moradia em outro lugar. Diante disso, iniciou-se a invasão do Morro da Mangueira.
A expulsão dos cortiços do centro da cidade, o incêndio no Morro de Santo Antônio no centro da cidade e a urbanização daquela região colaborou com o crescimento do Morro da Mangueira.
3º: EM VERDE E ROSA NASCE MANGUEIRA E O SEUS SAMBISTAS GENIAIS
Em 28 de abril de 1928, foi fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira pelos ilustres bambas: Carlos Cachaça, Cartola, entre outros.
Os bambas da Mangueira contribuíram não só para a formação da escola, mas também para torná-la uma das mais importantes do carnaval carioca. A começar por Cartola, figura muito importante dentro da mangueira. São inúmeras personalidades que fizeram parte da história da agremiação.
A Estação Primeira de Mangueira conta com figuras clássicas como Dona Zica, Nelson Sargento, Delegado, Jamelão, Genuíno, Samaritano, Hélio Turco, Xangô da Mangueira, Seu Nego, Percival Pires, Chininha e muitos outros. E ao longo dos anos, outros nomes de grande Importância foram inclusos na galeria de bambas como: Beth carvalho, Alcione, Rosemary, Mussum, Luizito, Gargalhada, Junior e Leci brandão, por exemplo. São tantas as pessoas importantes que fazem parte da trajetória da Mangueira que seria praticamente impossível reunir todos em apenas um samba. Por esta razão, o Favo de Acari propõe dar representatividade a todos, destacando alguns dos grandes nomes da escola.
Viajaremos nas grandes histórias de vida e sucessos destes grandes artistas. Falaremos um pouco sobre a vida, histórias, sucessos, acontecimentos importantes e carreiras destes grandes bambas que encantaram a todos, cada um de uma forma especial.
Quem nunca ouviu falar de Cartola e seu grande sucesso “As Rosas Não Falam”? Como Falar de Mangueira e não falar de Euzébia Silva do Nascimento, conhecida como Dona Zica, figura ímpar da Mangueira e grande amor de Cartola? Como não falar do lindo requebrado de Rosemary e Gargalhada? E não podemos esquecer do grande acervo de grandes sucessos compostos por esses grandes bambas. Não é à toa; a Estação Primeira de Mangueira e conhecida por ser o berço do samba.
Como foi dito acima, poderíamos ficar horas, dias, meses, ou até anos falando sobre os momentos gloriosos deste reverencioso ícone do carnaval, que é Estação Primeira de Mangueira.
4º SETOR: MANGUEIRA DE ONTEM, MANGUEIRA DE HOJE E DE SAUDADES ETERNAS
Respeitosamente, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Favo de Acari fará uma grande viagem. Falaremos ainda dos famosos cordões, onde um grupo de mascarados e/ou vestidos de palhaços, conduzidos por um mestre com um apito, que acompanhava uma orquestra de percussão; e homenagearemos uns dos blocos pioneiros o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira. Mais, faremos uma linda homenagem aos bambas que infelizmente não estão mais conosco, e estão fazendo samba no céu. E, não poderíamos deixar de homenagear o Sr. Francisco de Carvalho, o “Chiquinho da Mangueira” que com toda sua seriedade e competência, transformou a escola de participante à atual campeã do Carnaval Carioca.