CARNAVAL DE 2018
SINOPSE DO ENREDOÀgbáiyé! Dos Orixás Renasce a Vida |
A recriação do mundo pelos orixás
Trevas… Escuridão…
Eram tempos difíceis na Terra. O mundo em guerra constante. Falta de amor, compaixão. O ódio tomava conta da humanidade. A ganância fez secar rios e mares, desmatou o verde, ergueu selvas de pedra, propagou a dor. A natureza rumava para seu último suspiro, entre os homens reinava a desesperança.
Cansado de ver seus filhos destruírem sua criação, Olodumaré reuniu os orixás no orun e decidiu refazer o Ayê. Os orixás apoiaram a decisão do Deus supremo e ao mesmo tempo receberam uma missão: ajudar no renascimento da vida, a nova criação ioruba.
Exu levou a mensagem final aos homens gananciosos. O sopro de Yansã varreu a humanidade e limpou a Terra. Oxumarê trouxe a chuva, que irrigou o solo, e seu arco íris coloriu os céus. As águas correram pelo chão guiadas por Oxum, formando rios, cachoeiras e cascatas. A correnteza desceu até os braços de Yemanjá, formando os mares.
O despertar de um novo mundo
A Terra irrigada viu brotar as plantas, crescer florestas e os primeiros animais. Ossain deu as plantas o poder da cura. Oxossi corria as matas com seu arco e flecha reinando na caça e provendo fartura.
Olodumaré estava satisfeito com o novo mundo que os orixás estavam criando, foi quando Nanã, a deusa das profundezas das águas, lhe perguntou sobre os homens. O que fazer com os humanos? Seria dada nova chance de viver na nova criação uma vida de pureza e bondade?
Nanã deixou aos pés do Deus supremo um punhado de lama. Olodumaré convencido de uma nova chance aos homens, chama Oxalá para moldar na lama o novo ser que iria usufruir de toda criação. Pelas mãos de Oxalá nascem homem e mulher, que se encantam com o mundo de vida e paz.
Um mundo novo em harmonia
Xangô com seu trovão faz estremecer a terra, seu fogo aquece o coração dos humanos, que agora entendem que precisam cuidar do presente concedido pelos orixás. Em volta deles os Ibejis correm felizes, transmitindo alegria. Obaluaê trouxe a certeza da saúde, enquanto Obá lhes passou bravura pra vencer dificuldades.
Olodumaré feliz ao fim da criação, chama os orixás de volta para o orun, mas deixa Ogum como protetor dos homens no Ayê. O orixá da guerra, da forja, da força, protege os filhos da nova criação que cantam e dançam pra ele sob a luz da lua. A mesma lua que nos ilumina nessa avenida, nesse clamor de amor para o mundo, nossa missão é cuidar da nossa morada, seguindo a vida, com a benção dos orixás.