CARNAVAL DE 2019
SINOPSE DO ENREDOTupã, uma História de Amor Contada em Rosa, Amarelo e Branco no Coração das Matas |
O nosso enredo começa com a lenda sobre o olhar do Grande Pajé na mata, entre mistérios, belezas e magias, o grande pajé narra que no início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição.
Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino.
Criou então, a formosa Deusa Jaci, a lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Mais tarde,ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa.Jaci era irmã de iara,a Deusa dos lagos serenos.
Criou ainda, o forte Deus Guaraci, deus do sol, irmão de Jaci, o qual dá vida a todas as criaturas e preside o dia.
Formou um lugar de delícias para os bons e um lugar tenebroso para os maus. N este lugar vagam as almas sem vida e os espíritos dos guerreiros sem glórias ou fugidos das tribos.Tupã,após uma batalha,lançou para este lugar sombrio,seu temível e poderoso inimigo Anhangá,Deus dos infernos,chamando estes lugares de regiões infernais.
No alto do céu sentado em seu trono, Tupã criou milhares de criaturas celestes que executavam suas ordens e o louvavam.
A bela sereia Uiara é expulsa das águas cristalinas do rio, pela sua eterna rival Boiúna a feiticeira que se apossa de seu reino e pertences.
Uiara a sereia encantada sem escolha vai morar no fundo da maré lá que ela constrói o seu castelo encantado de areia, e cria uma nova família com os seres marinhos, reconstruindo assim sua vida.
Anos se passam e certo dia o senhor Tubarão o fiel soldado de seu reino, lhe questiona o porquê Uiara nunca perdera aquele olhar triste, Uiara então revela ao soldado Tubarão que tinha deixado para trás nas matas misteriosas o grande amor de sua vida, o índio guerreiro Anhangá, como ela era uma sereia e ele um índio, esse amor entre os dois nunca foi possível.
Em uma bela noite estrelada no céu em um de seus sonhos em seu castelo, Uiara se recorda da mata misteriosa onde vive seu amor Anhangá e de todos os encantos e fascínios que lá existem.
No amanhecer de um novo dia o Uirapuru com seu canto e acordes encantados acorda todos os seres da mata em sua imensidão, é lá que mora o Curupira o guardião da mata, ele protege seu território contra humanos que insistem em desmatar a floresta e raptar os animais para vendê-los, o Curupira possui varias formas para inibir seus inimigos, mas na maioria das vezes se apresenta na figura de um menino de cabelos de fogo, peludo e com a particularidade de ter os pés virados para trás, é conhecido pelos demais habitantes como senhor das árvores.
Aprontando as suas travessuras está o Saci, um moleque negro, baixinho, com cachimbo na boca e de uma perna só, escondem todos os pertences das tribos que moram na mata, somente para o seu divertimento, seu cachimbo tem o poder de curar os curumins adoentados das tribos, conhecido entre os índios como o duende das matas.
Nas margens do rio mora o boto cor de rosa, que continua a desvirtuar e engravidar as índias virgens que lá se banham em noite de lua cheia, nas matas todos os seres falam e cantam, entre eles citamos também o Matintaperera o mensageiro das matas o pássaro alado, a Mula sem Cabeça que na madrugada corre pelos quatros cantos, o Boitatá a cobra de fogo, o Lobisomem, o corpo-seco que é uma espécie de espírito ruim que assombram as estradas em volta das matas, Mãe de Ouro a guardiã dos ouros e diamantes escondidos nas matas.
O Grande Pajé vai até as profundezas do mar conta para a linda sereia Uiara, que Boiúna sua eterna rival, além de roubar o seu reino das águas e não satisfeita pelo amor puro entre Uiara e Anhangá, como forma de vingança enfeitiça o Anhangá seu eterno amor num sono profundo e somente Jurupari o índio guerreiro da tribo tem o poder de livrá-lo do feitiço de Boiúna.
Sendo assim Uiara volta com o Pajé pra mata para ajudar seu grande amor contra o feitiço de Boiúna, num ritual em pleno coração da mata Jurupari invoca Tupã o Deus supremo, com a ajuda da Fada Mandioca, das encantadas espíritos de luz das matas, Biguá, Catxerê e a fada Mãe Cueci, para salvar Anhangá do feitiço de Boiúna, com a magia do amor que se espalha pelos quatros cantos das matas e desperta todos os seres em pleno amanhecer, Anhangá acorda do feitiço e Boiúna vira uma estátua de pedra que se desfaz com as luzes solares que atinge as matas.
E assim Jurupari através das bênçãos de Deus Tupã se torna guardiã das matas, protegendo todos os seres e bichos que ali vivem.
Como forma de devoção e a pureza do amor entre Uiara e Anhangá, Deus Tupã concede a magia da bela sereia se transformar em índia, para que assim possa viver ao lado de seu grande amor em plena mata.
Todos esses relatos fantásticos colocados nesse enredo têm o intuito de mostrar que podemos nos utilizar de todos esses contos como veículo dessa viagem que nos ajudará a reencontrar a vibração das espontaneidades, da pureza, da sinceridade que vem do coração e que permite nos reconciliarmos com a música da natureza. Uma natureza não só vista como um conjunto que nos rodeia,mas sim como uma corrente de energia da qual também fazemos parte.