Por Tarcísio Araújo
Caminhando para o seu quarto carnaval à frente da bateria Guerreira, Mestre Dinho Santos não fará nenhum trabalho específico por conta dos dois décimos perdidos em cima dos surdos.
“Não estou fazendo nenhum trabalho específico com relação aos surdos. No entendimento do primeiro julgador, “faltou peso”. Achei a justificativa vaga, pois não definiu o que seria peso, seria quantidade de surdos? Tom de afinação alto? Até hoje não sei, respeito o julgador, mas não mudarei a característica da escola. O quarto julgador disse que a afinação estava parecida, discordei porque no recuo, além daquela água milagrosa, rola uma nova passada na afinação, então não seria comum, chegar ao quarto módulo com a afinação parecida, mas também respeito à justificativa, porém, discordo. Agora é continuar o trabalho e torcer para que dê tudo certo no próximo desfile”, disse.
Dinho agradece pelo histórico de sambas bons nos últimos anos, pois ajuda na definição da linha melódica da bateria, na criação dos desenhos de terceiras, tamborim e na elaboração das bossas.
“Com certeza, um bom samba é metade do caminho andado, tudo fica mais fácil, inclusive na hora de compor os arranjos da bateria. Graças a Deus tive sorte e venho desfilando com bons sambas”, afirma.
Para o próximo ano, podem esperar uma Bateria Guerreira preparada.
“Como em todos os anos, podem esperar um Mestre Dinho Santos descontraído na avenida, curtindo junto com minha equipe de diretores e ritmistas cada segundo do dia tão esperado. Vocês podem esperar uma Bateria Guerreira com um número um pouco maior de componentes, de 220 para 250 ritmistas.”
Dinho Santos ainda divulga parte da surpresa que irá fazer na Sapucaí.
“A bateria está mais madura, com duas bossas, e em um determinado momento viram uma só. Se tudo der certo, teremos brincadeira de criança dentro da bateria”, concluiu.
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