POR TARCÍSIO ARAÚJO

 

Mesmo algumas escolas tendo suas escolas mirins, alguns mestres sentem falta de ritmistas no nosso carnaval. Para isso, é preciso ser feito um trabalho de base para que a renovação seja feita da maneira certa. Na gestão da bateria desde maio de 2014, os mestres Vitor Art e Rodrigo Explosão se preocupam muito com o processo de renovação.

Vitor Art e Rodrigo Explosão, responsáveis pela bateria da Mangueira (Foto: divulgação)

Vitor Art e Rodrigo Explosão, responsáveis pela bateria da Mangueira (Foto: Divulgação)

“Graças a Deus a Mangueira não tem esse problema de falta de ritmista, pois temos a Mangueira do Amanhã, que são os futuros ritmistas da escola e esse trabalho é muito importante para dar continuidade a nossa bateria. Estamos trabalhando para manter esse processo de renovação e voltar com um projeto que já tinha aqui na quadra da Mangueira, de ensinar os jovens a tocar, porque quando comecei, esse processo era muito importante. Antes de ingressar na Mangueira do Amanhã, tinha que passar por esse projeto, para que o primeiro passo fosse dado.”, disse Rodrigo.

“O maior exemplo disso somos nós, mestres, diretores de bateria e a rainha”, complementa Vitor.

A bateria da Mangueira é considerada por muitos como uma bateria fechada, é difícil alguém de fora ingressar, e os mestres explicam o motivo.

“Por ser uma bateria tradicional e de comunidade, realmente é bem difícil ingressar. Além da qualidade técnica, é preciso amor e dedicação! A cobrança acontece dos próprios ritmistas e isso facilita para os diretores. Temos muitos ritmistas que conquistaram seu espaço, principalmente as mulheres. Hoje elas fazem parte do quadro de ritmistas e são super respeitadas. Acho natural a cobrança, pois quem faz parte, não quer sair de jeito nenhum.”, afirma Vitor Art.

Rodrigo Explosão ainda complementa: “a cobrança é grande, por isso que aqui a nossa preferência é para quem desfila em uma só”.

Uma das poucas baterias que não perderam suas características, a “Tem que Respeitar Meu Tamborim” se adequa ao julgamento do carnaval moderno, sem perder a tradição.

“A tradição da bateria da Mangueira nunca será modificada. Tem muitas coisas estruturais que modificamos, como por exemplo, a questão da inserção das bossas, as pausas pro canto, os desenhos de tamborins. Acho que o julgamento hoje deveria passar por reavaliação, pois algumas coisas deveriam ser levadas em conta, como por exemplo a chuva que Viradouro, Mangueira, Vila e Mocidade enfrentaram, pois isso prejudica qualquer trabalho”, conclui Vitor Art.

A bateria da Mangueira quer voltar a ter a nota máxima em todos os jurados e se preparam para o desafio no próximo carnaval.

“Podem esperar um belo trabalho, estamos trabalhando muito para alcançar nosso objetivo. Vamos para a avenida para levar alegria para todos os espectadores que estarão nos prestigiando e se Deus quiser, vai dar tudo certo para a nossa escola”, concluiu Rodrigo Explosão.

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