Por Rafael Arantes
Um dos mais experientes mestres de bateria em atividade, Paulinho Botelho estará de volta à Sapucaí após dois anos de descanso. Agora na Unidos do Viradouro, o comandante terá pela frente o desafio de levar a escola de Niterói novamente ao Grupo Especial e faz questão de exaltar o bom caminho que o trabalho vem trilhando na Vermelha e Branca. Mesmo admitindo enfrentar os costumeiros problemas das baterias dos grupos de acesso, Paulinho garante total confiança em um trabalho de ponta em 2016:
Paulinho Botelho, mestre de bateria da Viradouro (Foto: Felipe Araújo)
“Está sendo muito bom trabalhar na Viradouro. Sabemos que no acesso as coisas são mais difíceis, as pessoas abandonam um pouco… mas o saldo tem sido bastante positivo. Se depender de mim e da bateria tenho certeza que a Viradouro vai entrar na Avenida para ganhar o campeonato”, afirmou.
Em sua vasta carreira no carnaval carioca, Paulinho anotou trabalhos ao lado de grandes sambas por todas as escolas que passou e não esconde a felicidade em trabalhar com um samba de alto nível em mais um ano de Sapucaí. O mestre, por sua vez, ressalta a importância de não deixar que nada influencie o bom encaixe de sua bateria com a obra de Felipe Filósofo e cia, considerada uma das melhores do Carnaval 2016:
“Temos um samba que é um dos melhores do Carnaval e isso faz a diferença. É importante trabalhar com um sambão e acho que as coisas dão ainda mais certo porque respeito a obra, não escangalho. Tem gente que acha que a bateria tem que ser melhor que todo mundo, mas não é assim que funciona. Aqui a gente trabalha de uma forma que a bateria toque pensando no samba e na escola”, comentou.
Na direção de bateria, Paulinho manteve grande parte dos integrantes da comissão que comandou a Furacão Vermelho e Branco em 2015 e ressalta a importância de trabalhar com pessoas que conhecem e amam a escola que estão. Moldando a bateria em busca de um resultado satisfatório, o veterano não abre mão de valorizar seus companheiros em mais uma temporada na folia:
“Eu gosto de saber com quem estou trabalhando e respeitar as pessoas que são dali, sempre busco chegar para somar. Gosto do ritmista que tem sentimento pela agremiação e que respeitam o meu trabalho. Aos poucos vamos colocando as coisas do jeitinho que eu gosto e na Viradouro não tem sido diferente. As pessoas estão ali porque gostam, porque amam a escola. Cheguei para ajudar e tudo tem funcionado da melhor maneira possível”.
MESTRE ELOGIA RAINHA DA FURACÃO
Se na parte rítmica as coisas vem acontecendo da maneira esperada por Paulinho, o mestre também não perde a oportunidade de ressaltar o valor de uma grande companheira: a rainha Raíssa Machado. Já flagrada comandando os ritmistas da Viradouro ao lado do comandante, a musa já conquistou a confiança do mestre:
“É aquela coisa da interação, do entrosamento. Ela é uma pessoa que se interessa muito pela bateria… ela brinca, gosta de estar junto e isso é importante. Quero que ela conheça mesmo o trabalho e esteja sempre com a gente”.