SINOPSE
1º
SETOR
PAÇO
DE
SÃO CRISTÓVÃO
Nos
séculos XVI e XVII, a
área
onde
atualmente se localiza a
Quinta da Boa
Vista, integrava uma
fazenda dos
Jesuítas
nos
arredores da
cidade do
Rio de
Janeiro.
Com a
expulsão da
Ordem
em 1759, à
propriedade foi desmembrada, tendo
passado à
posse de
particulares.
Quando da
chegada da
Família
Real Portuguesa ao Brasil
em 1808, a
Quinta pertencia ao
comerciante
português Elias Antônio Lopes,
que havia
feito
erguer,
por
volta de 1803,
um
casarão
sobre uma
colina, da
qual se
tinha uma boa
vista da
baía de Guanabara – o
que deu
origem ao
atual
nome de
Quinta da Boa
Vista.
Dada a
carência de
espaços residenciais na
cidade do
Rio de
Janeiro de 1808,
diante da
chegada da
Família
Real e de
cerca de quinze
mil
pessoas da
Corte Portuguesa, Elias doou a
sua
propriedade ao Príncipe-Regente D. João e
sua
esposa Carlota Joaquina,
que decidiram transformá-la
em
Residência
Real.
Após o
seu
casamento
em 1817, D. Pedro,
filho de D. João, e a Imperatriz, D.
Leopoldina, passaram a
residir no
paço.
Ali nasceram a
futura
Rainha de Portugal, D. Maria II (1819), e o
futuro
Imperador do Brasil, D. Pedro II
em 1825.
Em 1826, a Imperatriz faleceu de
parto.
Em 1882 D. Pedro proclamou a
independência do Brasil.
No
Palácio cresceu, foi educado e viveu D. Pedro II,
que
com
sua
paixão
pela
ciência mantinha
um
laboratório de
astronomia no
Paço.
Em 1846 nasceu a Princesa Isabel,
filha de D. Pedro II e
Dona Teresa Cristina.
Em 1888 a Princesa assinou a
lei
Áurea, libertando os
escravos.
Com o
fim da monarquia e o banimento da
família imperial
em
novembro de 1889 o
antigo
Paço de
São Cristóvão foi
palco,
em
poucos meses
depois, do
leilão dos
pertences do
antigo
monarca.
Em 1891, o
palácio passou a
sediar a
primeira
Constituinte Republicana.
2º
SETOR
MUSEU
NACIONAL
O
Museu
Nacional está vinculado a UFRJ. É a
mais
antiga
instituição
científica do Brasil e o
maior
museu de
história
natural e antropológica da América
Latina.
Criado
por D.João VI,
em 06 de
junho de 1818 e,
inicialmente, sediado no
Campo de Sant'Anna, serviu
para
atender ao
interesses de
promoção do
progresso cultural e
econômico no
país.
Originalmente denominado de
Museu
Real,
atualmente o
Museu integra a
estrutura
acadêmica da
Universidade
Federal do
Rio de
Janeiro. Alojar-se no
Paço de
São Cristóvão, a
partir de 1892 -
residência da
Família Imperial
brasileira
até 1889 - deu ao
Museu
um
caráter
ímpar
frente às outras
instituições do
gênero.
O
Museu
Nacional reúne os
maiores
acervos
científicos da América
Latina,
laboratórios de
pesquisa e
cursos de
pós-graduação.
As
peças
que compõem as
exposições
abertas ao
público (cerca
de
três
mil
atualmente)
são
parte dos 20
milhões de
itens das
coleções
científicas conservadas e estudadas
pelos
Departamentos de
Antropologia,
Botânica, Entomologia,
Invertebrados,
Vertebrados,
Geologia e
Paleontologia. O
Museu dispõe
ainda de
um
Horto
Botânico
e de uma
Biblioteca
Central (aberta
ao
público) situados na
parte
sul da
Quinta da Boa
Vista.
ACERVOS
ANTROPOLOGIA
BIOLÓGICA:
Exposição
que apresenta a
história do
processo
evolutivo
humano,
que se inicia
com o Australopithecus aferensis e o Homo
habilis há 4,6
milhões de
anos
até o Homo sapiens
moderno
presente
atualmente.
PALEONTOLOGIA:
No
Museu
Nacional está a
réplica do
esqueleto do
dinossauro
brasileiro Maxakalisaurus topai,
um
herbívoro de 9
toneladas e 13
metros de
comprimento,
que viveu há
cerca de 80
milhões de
anos na
região do
Triângulo
Mineiro,
em
Minas
Gerais. É o
primeiro
dinossauro
brasileiro de
grande
porte
montado no
país. Há
também
esqueletos de
preguiça
gigante,
tigre dente-de-sabre,
baleias e
outros.
ARQUEOLOGIA
BRASILEIRA:
A
primeira
sala da
exposição está à
reconstituição da
provável
face de ‘Luzia’ — o
fóssil
humano
mais
antigo das Américas —,
assim
como a
réplica de
seu
crânio
original.
A
segunda
sala exibe
artefatos de
povos
mais
antigos encontrados
nos
sambaquis,
que
são
elevações construídas
principalmente
com
restos de
animais (conchas,
ossos de
peixes,
aves,
mamíferos e répteis),
mas
onde se encontram
também
esqueletos
humanos. Os
maiores
sambaquis estão
em
Santa Catarina e chegam a
ter
mais de 30
metros de
altura.
A
terceira e
última
sala deste
circuito,
conta
com exemplares
dos
grupos
indígenas
Tupi-guarani e das
culturas amazônicas
Marajoara, Miracanguera,
Maracá e Santarém (urnas
funerárias,
chocalhos,
pratos,
tigelas,
tangas
rituais,
vasos,
ídolos,
muiraquitãs, etc.).
ARQUEOLOGIA
GRECO-ROMANA:
Nas
salas de
culturas do
Mediterrâneo do
Museu
Nacional encontramos
diversos
utensílios
gregos,
etruscos e
romanos
que faziam
parte da
coleção Tereza Cristina,
esposa do
Imperador
Dom Pedro II.
Entre as
mais de 700
peças dessa
coleção, destacam-se, os
afrescos de Pompéia –
tipo de
pintura
que é
feita
sob o
estuque
ainda
úmido –
que
são
muito encontrados
em
residências e
prédios
públicos. Os
afrescos mostram
cenas
com
elementos arquitetônicos,
plantas e
animais. Pompéia
era uma
cidade pertencente ao
Império
Romano
que foi destruída
pelo
vulcão Vesúvio no
ano de 79 d.C.
Também as
ânforas,
recipientes
para armazenamento e
transporte de
vinho,
azeite,
molhos e
cereais, eram
jarros
com duas
alças
verticais
paralelas ao
colo
que tiveram
importância
fundamental
para a operacionalidade do
comércio
greco-romano.
OS
GLADIADORES:
Quando os
combatentes chegavam
em
frente à
plataforma do
imperador, saudavam-no
com a
seguinte
exclamação: ”AVE,
IMPERATOR, MORITURI SALUTANT!”
Tradução: “SALVE,
IMPERADOR, OS
QUE
VÃO
MORRER
TE SAÚDAM!?”
ÁFRICA:
Esta
exposição apresenta
um
precioso
material da
costa
ocidental
africana,
que inclui
objetos de
uso
cotidiano (adereços e
trançados),
esculturas e
máscaras
rituais,
instrumentos musicais (flauta,
valica,
chocalhos e
tambores),
armas de
caça adornadas
com
grande
riqueza de
detalhes,
além de
um
importante
trono
sagrado do Daomé.
ARQUEOLOGIA
PRÉ-COLOMBIANA:
História e
cultura dos
povos
pré-colombianos. Estes
povos alcançaram
um
elevado
grau de
desenvolvimento
econômico,
social e cultural
até a
chegada dos
europeus à América.
ETNOLOGIA
INDÍGENA
BRASILEIRA:
Apresenta
peças de
diversos
grupos
indígenas do
território
brasileiro, destacando-se uma
máscara
ritual Tukuna
em
forma de
onça; duas
esculturas
em
gesso de
índios
Xavante e
Botocudo,
respectivamente, pertencentes à
Exposição Antropológica de 1882;
cerâmicas da
Coleção Rondon;
cerâmica Karajá;
canoas e
remos; plumárias dos
índios Kaingang e
um
manto,
um
diadema e
um
capacete Juruna.
3º
SETOR
METEORITOS
Meteoritos
são
fragmentos de
asteróides,
cometas,
satélites
naturais e
planetas,
que se chocam
com a
Terra. Destaca-se nesta
exposição o
meteorito “Bendegó”, o
maior
já
caído
em
terras brasileiras,
que
leva
este
nome
em
homenagem ao
riacho
em
que foi encontrado
por
vaqueiros no
interior da Bahia
em 1794.
Em 1886,
Dom Pedro II mandou
trazer
este
meteorito
para o
Rio de
Janeiro,
devido ao
seu
peso (mais de
cinco
mil
kg)
só pode
ser transferido de
carroça numa
viagem
que durou 126
dias.
Em 1925, Albert Einstein visitou o
Museu
para
conhecer “Bendegó”,
já
famoso no
mundo
todo.
BIBLIOTECA
A
Biblioteca do
Museu
Nacional é especializada
em
Ciências
Naturais e Antropológicas, contando
com o
rico e
extenso
acervo
que compreende,
dentre outras publicações,
livros e
periódicos de
séculos
passados. O
acervo totaliza
cerca de 470.000
volumes.
Em
suas
competências, a
Biblioteca tem a
função de
apoiar as
atividades de
ensino,
pesquisa e
extensão do
Museu
Nacional e
desenvolver
serviços e
produtos
para
difusão da
informação.
BOTÂNICA
Estudo de
milhares de
exemplares de
plantas, algumas
com
finalidade
medicinal.
ENTOMOLOGIA
Estudo dos
insetos.
Milhares deles, de
todos os
tipos e
tamanhos.
INVERTEBRADOS
Exposição de
moluscos,
conchas,
animais do
fundo do
mar,
crustáceos e etc.
ANIMAIS
EMPALHADOS
Centenas de répteis,
mamíferos,
aves e
peixes empalhados.
EGITO
ANTIGO
A
Coleção Egípcia do
Museu
Nacional é uma das
mais antigas e
importantes do
gênero na América do
Sul e a
terceira
maior do
mundo, reconhecida
por
sua
importância e
seu
valor arqueológico,
histórico,
científico e
artístico. A
maioria de
seu
acervo foi arrematada
por D. Pedro I
em 1826,
em
leilão realizado na
antiga
Praça XV,
quando da
passagem do
mercador italiano Nicolau Fiengo
pelo
Rio de
Janeiro. De
fato, Fiengo partira de Marselha
com
destino a Buenos Aires,
para
vender a
sua
coleção de
antiguidades egípcias e clássicas.
Por
sua
vez, adquiridas as
peças, D. Pedro I às doou ao
então
Museu
Real.
Posteriormente, D. Pedro II acrescentou
novos
itens ao
acervo.
A
DIFERENÇA
ENTRE
ATAÚDE E
SARCÓFAGO:
Sarcófago é a
denominação
mais
correta
para
designar os “caixões” de
pedra. Na
exposição do
Museu
Nacional
só encontraremos
ataúdes,
feitos de cicômoro, uma
madeira
porosa
que
com o
tempo
seca e fica
bem
leve.
CURIOSIDADES
É
importante
dizer
que no
acervo do
Museu está uma “TORA”
(livro
sagrado dos
judeus)
originária do Iêmen
com
cerca de oitocentos
anos, provavelmente a
mais
antiga do
mundo. E
que
Santos Dumont fez algumas
tentativas de
vôo
com
um
pequeno
propulsor amarrado na
cintura e
que saiu
menos de
um
metro do
chão
nos
jardins do
Museu
antes de
criar o 14 Bis.
Ricardo Netto