G.R.E.S. ARRASTÃO DE CASCADURA |
Sinopse 2009 |
I. Alianças entre as espécies: códigos e combinações A química que ocorre na natureza, constrói belas histórias. Formas diferentes se encaixam e realizam milagres. A energia ligada à sigla
DNA, está diretamente associada às forças criativa e criadora. É uma
energia que se aproxima do divino, equilibrando o físico e o espiritual,
na longa fita retorcida e sinuosa, a combinação de códigos diferentes
ligando e gerando vidas. Quatro moléculas surgem
aos pares. No encontro do par Adenina/Timina, o equilíbrio, a evolução, em
direção a um determinado objetivo, a dupla da união intuitiva entre o
sagrado e o material. Os meridianos irreais,
por onde a imaginação passeia, permitem tais travessias, porque não
podemos permanecer vivos sem sonhar. Duas forças
complementam-se, compõem tudo o que existe, e do equilíbrio dinâmico entre
elas surge todo o movimento e mutação. O Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente. Na dança do tempo, o dia não vive sem a noite. Só a outra metade entende o flerte, prepara a fresta, inventa pontes sobre as torrentes. Ligações inquebráveis sobre as espumas, companheiras do mar. A visível harmonia é o fruto da atração entre os desiguais. Nossos personagens só desejam ser felizes para sempre! A clássica frase, na verdade, não encerra as histórias. Traduz que a felicidade só é possível se o outro existe. A conquistada alquimia aromática. Cheiro único. Metade que completa. Promessas entre anéis e planetas. Néctar sugado em cada coreografia no ar. Jogo de cores e sedução. Como a concha consegue perdoar o intruso grão de areia, transformando sua dor em pérola?
II. A união dos sabores Duas cores diferentes.
Cor de pele. A energia do café e o alimento do leite, nutrindo e aquecendo
as manhãs dos que acordam juntos! Os negros, primeiros a consumir o feijão com arroz, não imaginavam que essa combinação seria hoje símbolo de identidade nacional. A dupla mais famosa da nossa culinária! Identificar nas misturas, a cultura do nosso povo: jabás com jerimuns, queijos e vinhos, casadinhos... Beijos roubados no escuro do cinema, gosto de pipoca com guaraná! Você é a azeitona que faltava na minha empada!
III. As grandes parcerias da arte A rica obra dos homens, produziu grandes parcerias. A química da amizade, formando um único elemento, fundamental na invenção de amores e aventuras. Entre lágrimas, sorrisos
e sonhos, a arte lançou aos mares piratas e papagaios, perpetuou mulatas e
malandros. "Aviso aos Navegantes": Oscarito e Grande Otelo, a mais famosa dupla do cinema brasileiro. Grandes estrelas da Atlântida, marco do cinema industrial no país! O vento levou e trouxe histórias que até hoje povoam o imaginário de muita gente. É impossível esquecer o grande amor dos sertões. A lendária união do cangaço. Como não lembrar da química entre Xica da Silva e João Fernandes e tantos outros? "Ressuscita Eurídice, minha amada!": o inesquecível som da lira de Orfeu! Fazendo arte, inventando tonalidades: paletas e pincéis. As duplas do esporte, conquistam os metais da glória. Duas energias diferentes se completam. Novos Apolos, olímpicos:
Ricardo e Emanuel. A dupla das areias, das arenas e das medalhas de ouro!
Com Garrincha e Pelé em campo, a seleção brasileira sem derrotas. Há 50
anos, nascia o futebol-arte. Parcerias saltando das
telas, atravessando décadas! Parcerias estranhas: calafrios, sopa de
aranhas! O amor não conhece barreiras. Peri e Ceci: revirando páginas,
misturando etnias.
IV. O Reino dos confetes e serpentinas No equilíbrio químico
entre o povo e o carnaval, há uma ligação entre as almas, entre caminhos
já percorridos, com resistência e poesia. Chegou a hora de fazer emergir nossa nobreza, resultado da química afetiva entre as raças. O Arrastão louva todas as duplas que a cada ano preenchem as páginas em branco do carnaval, escrevendo novos capítulos, oxigenando o cotidiano. Da saudade dos confetes
e serpentinas, erguemos um reino, lugar onde a igualdade é peça
fundamental. Salão a céu aberto repleto de pierrôs e colombinas. A
monarquia mestiça pede passagem. FELIZES PARA SEMPRE!
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