"POÇOS DE
CALDAS DERRAMA SOBRE A TERRA SUAS ÁGUAS MILAGROSAS: DO CAOS INICIAL À
EXPLOSÃO DA VIDA - ÁGUA, A NAVE-MÃE DA EXISTÊNCIA"
Setores
Setor 1 - A Grande Explosão no Caos Inicial e a Estrela de Fogo
Setor 2 - A Terra Primitiva e a Água-O Gênesis da Vida
Setor 3 - As Antigas Civilizações se banharam nas Águas da Vida
Setor 4 - Reino de Netuno-Lendas,Mitos e Mistérios
Setor 5 - Atlântida - A Força das Águas e o Poder da Mente
Setor 6 - Brasil - O fantástico Reino de todas as Águas
Setor 7 - Poços de Caldas - A Cidade das Águas - A Nova Atlântida
Setor 8 - O retorno de Atlantes - O equilíbrio do Planeta e o Futuro da
Humanidade
Justificativa:
A Beija-Flor de Nilópolis é Brasil, e das Minas Gerais apresenta ao
mundo o paraíso na terra: Poços de Caldas - A Cidade das Águas.
Maravilhosa e soberana, a Deusa da Passarela, através de sua Comissão de
Carnaval, adotou temas que preocupam a comunidade mundial.
Alertou o
homem, imagem e semelhança do Criador, a respeito do seu valor e de suas
obrigações para manter o equilíbrio do planeta. Através dos
"enredos-denúncia", vem mostrando os efeitos da devastação sistemática
das reservas naturais; a destruição de civilizações e o empobrecimento e
a fome de nações inteiras na era de aquário, terceiro milênio da era
cristã.
Mas não basta relatar ou delatar, sugerimos também soluções, pois não é
possível esquecer que saco vazio não pára em pé e assim o mundo ficará
sem suporte... Vazio... Com florestas virando desertos, o ar impossível
de se respirar e o mar poluído e sem peixes... Sem Vida... Prenúncio da
água que faltará. Agora, Tricampeã, vamos continuar nosso grito de
alerta.
Ao postularmos o tetracampeonato vamos, através da cidade Poços de
Caldas, lembrar a extrema importância de um dos elementos vitais para a
existência humana: A água! Estamos acabando com o combustível da vida!
Se olharmos a nossa volta veremos que a vida é a própria morte para quem
não sabe viver e que proteger a natureza é proteger nossos filhos. Se
Deus nos deu...
Devemos preservar! No Carnaval 2006, a Beija-Flor espera por você na
Avenida Marquês de Sapucaí e... Se você não for, vai ficar com água na
boca.
Texto de apoio
Carta escrita no ano 2070
Ano: 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém
de 85. Tenho sérios problemas renais, porque bebo pouca água. Creio que
me resta pouco tempo...
Hoje, sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade... Recordo quando
tinha 5 anos; tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos
parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um
banho de chuveiro por aproximadamente uma hora.
Agora, usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas
as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, raspamos a
cabeça para mantê-la limpa sem água. Antes, meu pai lavava o carro com a
água que saía de uma mangueira.
Hoje, os meninos não acreditam que utilizávamos a água dessa forma.
Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que
ninguém lhes dava atenção. Pensávamos que a água jamais poderia
terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão
irreversivelmente contaminados ou esgotados. Imensos desertos constituem
a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções
gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as
principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas
dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam os empregados
com água potável em vez de salário. Os assaltos por um bujão de água são
comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética.
Antes, a quantidade de água indicada como ideal como para se beber era
oito copos por dia, por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A
roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo.
Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado,
porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água.
A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados
pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas,
que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Com o
ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos parece ter 40. Os cientistas
investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água.
O oxigênio também está degradado, por falta de árvores, o que diminuiu o
coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos
espermatozóides de muitos indivíduos. Como conseqüência, há muitas
crianças com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos
cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia, por habitante adulto.
Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas
de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não
são de boa qualidade, mas se pode respirar. A idade média é de 35 anos.
Em alguns países, restam manchas de vegetação com o seu respectivo rio,
que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro
muito cobiçado, mais do que ouro ou diamantes. Aqui não há árvores,
porque quase nunca chove. E quando chega a ocorrer alguma precipitação,
é de chuva ácida.
As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas
e pela poluição das indústria do século XX. Advertiam que era preciso
cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso. Quando a minha filha pede
que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os
bosques.
Lhe falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder
pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse. O quanto
nós éramos saudáveis! Ela pergunta-me: - Papai! Por que a água acabou?
Então, nossos filhos pagam um alto preço...
Sinceramente, creio que a vida na Terra já não será possível dentro de
muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um
ponto irreversível. Como gostaria de voltar e fazer com que toda a
humanidade compreenda isto... Enquanto ainda é possível fazer algo para
salvar o nosso planeta Terra!
Texto publicado na revista "Crónicas e los Tiempos", de Abril de 2002
Sinopse Carnaval 2006
Certa noite,enquanto relembrávamos velhas estórias do mar, olhava o
reflexo da lua sobre o espelho de água quando ouvi realtos que há
bilhões de anos atrás deu-se grande explosão no caos inicial e o
universo em fogo,se contorceu,se moldou e tomou forma. Então, da poeira
universal,nasceu o sistema solar.
A grande estrela cuspia labaredas em direção à jovem Terra,não menos
rude e escaldante.
Sobrevieram os gigantescos catacilsmos e mudanças climáticas
violentas!!!
Dos céus,em forma de imensas tempestades,veio a água que resfriou a
superfície e impeliu a centelha existência para os rios e oceanos
rudimentares. Nas águas,enfim,manifestou-se a vida!!!
Durante muito evoluiu e ganhou contornos complexos,mas fomos enquanto
seres vivos,gerado da água,legítimos filhos da água,como gotas de um
gigantesco oceano.
Divina Fonte de Energia,banhou de progresso a antiguidade,que irrigada e
fértil,assistiu as antigas civilizações florescerem ao longo dos rios e
mares.
A água estava no princípio e,é o próprio "gêneses" da existência.
Provavelmente,por conta disso,através dos tempos a água passou à ser
vista como um fascinante mistério à ser desvendado.
E foi este fascínio,enquanto ingrediente mágico e fecundo,que gerou
lendas e mitos que cresceram,multiplicaram-se e resistiram através dos
séculos,povoando o imaginário mundial até os dias de hoje.
Apresentada às vezes como morada de monstruosas serpentes e dragões ou
das fascinantes sereias,outras tantas como local escolhido por Netuno
para erguer seu reino ou até mesmo associada à catástrofe que fez
submergir a cidade perdida de Atlântida,a água desperta o encanto e se
mantém enigmática.
Banhado pelo Atlântico,recortado por rios de proporções espantosas e
ponteado por lagos e cascatas de rara beleza,nosso território é tão rico
na quantidade das águas quanto nas narrativas à elas associadas,um
gigantesco e deslumbrante reino de todas as águas.
Como dizem por aí que todo homem das águas tem um "causo" pra contar,é
lógico que eu meus senhores,como velho do mar,tenho meu pra narrar.
Para não perder o espírito misterioso,convido-os para a mágica travessia
da ponte da ilusão e um mergulho nas águas da reflexão,pois vou
contar-lhes a sedutora estória de Poços de Caldas,a nossa Cidade das
Águas.
Conta-se que antes de Atlântida e sua civilização serem tragadas pelo
oceano,alguns de seus habitantes para lá fugiram pelo mar.
Adoradores das águas,logo se encantaram com aquele lugar e descobriram o
poder curativo das águas termais e sulforosas que ali eram abundantes.
Organizaram uma sociedade sábia e sem males.Por muitas gerações seus
corações foram verdadeiros e nobres,e eles eram a própria expressão da
gentileza associada à sabedoria.O progresso se banhava na força das
águas e jorrava por todos os lados.
Mas quando chegou o homem de espírito mau,envenenado pelos pecados
capitais,procurando cegamente por riquezas,não enxergou o valor e a
importância das águas.
Aqueles dentre os Atlantes que se mantiveram puros,partiram então rumo
ao infinito,temerosos que nova catástrofe sobre eles abatesse.
Quando o ímpio fosse subjulgado e os cânticos de paz se tornassem mais
alto que os hinos de guerra,e se fizessem ouvir por todo universo como
uma oração,seria então a hora de voltar.
Neste dia brilhará com incrível força,como o fogo do vulcão,o grande
"farol de ferro" que guiará as carruagens celestiais que finalmente
retornarão à Cidade das Águas e transmitirão às novas gerações,a
sabedoria e os conhecimentos dos Atlantes.Mostrarão para toda humanidade
o grandioso e verdadeiro valor das águas e o quanto a vida no Planeta
depende de sua preservação.
Como uma música interpretada para embalar a dança do tempo,contarão a
própria história do futuro ou,se preferirem,o futuro da própria
existência.
E seremos,finalmente,detentores de sabedoria suficiente para entender:
Que o equilíbrio das forças naturais não é um inimigo a ser vencido pela
nossa soberba,mas um aliado da nossa esperança em busca de um mundo
melhor para todos;
Que o "ontem" é história...O "amanhã" um mistério...E o "hoje" á uma
dádiva,e por isso o chamamos de "presente"!
E é em nome desse presente que hoje eu,esse Velho das Águas,que assisti
os meu pais e parentes fugirem de uma seca cruel e talvez por conta
disso tenha me apaixonado pela imensidão do mar,vos peço:
Ouçam todos o clamor que vem das águas!
Ouçam em silêncio a maravilhosa sinfonia da vida que insiste em
despertá-los!
Enfim,ouçam a voz do coração!
A eternidade pode estar começando agora!...
Ainda há tempo!!!
Laíla, Cid Carvalho, Fran-Sérgio,
Shangai e Ubiratan Silva
Comissão de Carnaval
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