G.R.E.S. BOI DA ILHA DO GOVERNADOR |
Sinopse 2009 |
O BOI DA ILHA DO GOVERNADOR prepara para o Carnaval de 2009 uma grande, merecida e honrosa homenagem a este velho e centenário conhecido de todos nós: o THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. A escola convida a todos, elenco e público, a tomarem seus lugares, pois abriremos as cortinas da Sapucaí para, através de suas óperas, ballets, personagens e enredos, homenagear este que é um dos grandes patrimônios de nossa cidade e de nossa história. Última Chamada! O espetáculo vai começar! Abram-se as cortinas! A platéia, ao som da nossa orquestra de tamborins, repiniques e agogôs, é convidada a participar deste ato. O grande THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO entra em cena.
Cravado em plena Cinelândia, na Praça Marechal Floriano, o nosso astro é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes das Américas. Sua inauguração, em 14 de julho de 1909, trouxe novos ares e embelezou ainda mais a cidade, com sua arquitetura inspirada na Ópera de Paris. Orgulho, vale lembrar, de Pereira Passos. Em cena, mármores, ônix, bronze, cristais, espelhos, vitrais e esculturas. Grandes artistas brasileiros e estrangeiros criaram obras especialmente para fazer do nosso astro principal a mais bela figura nesse palco carioca das artes e da cultura brasileira. Inicialmente, o THEATRO MUNICIPAL era apenas uma casa de espetáculos que recebia as companhias estrangeiras, trazidas da Itália e da França. Em seus palcos já se apresentaram os maiores nomes da música e do ballet mundial. Hoje, é a única instituição cultural brasileira a manter, simultaneamente, um coro, uma orquestra a uma companhia de ballet. Agora, por intermédio do GRES BOI DA ILHA DO GOVERNADOR, nosso homenageado divide seu brilho com a mais popular das manifestações brasileiras: o Carnaval.
Neste palco a céu aberto, a Ópera de Rua. Carmens, Rigoletos, Madames Butterfly, Turandot's, Aídas, Flautas Mágicas... Óperas por onde passarão nossos sopranos e tenores da folia, entoando um canto de alegria que tocará a alma e o coração. Cada um é capaz de compor sua própria obra, sua própria ópera, e a orquestra sempre ali, pronta para acompanhá-los na marcação do surdo.
Bailarinos (ou foliões, como queiram) prontos em seus figurinos. Coração na boca, nossos "sambarinos" bailam, rodopiam, dançam... Não importa. Hoje são personagens desse que é o palco de espetáculos mais conhecido do mundo - e por que não dizer da Terra? -, a Marquês de Sapucaí. A cortina se abre. Novamente, bailarinos comuns encenam/encarnam Dom Quixote, Quebra-Nozes, Lago dos Cisnes, O Corsário, La Bayaderé, Bela Adormecida, contando histórias e enredos num balé coreograficamente perfeito. Sem ensaios nem roteiros, nem marcações definidas, mas bailando e riscando a Passarela do Samba na mais perfeita harmonia de um Corpo de Baile vindo, especialmente, lá das bandas da Ilha do Governador.
A moda que tomava conta da Europa chega à capital carioca. Bailes de
Máscaras, ricas fantasias, eventos sofisticados. Enquanto isso, nas ruas
da Cidade Maravilhosa, Grandes Sociedades, Cordões, Blocos, Clubes e
Ranchos. Assim eram chamados os grupos que ganhavam o Passeio Público,
estabelecendo novas formas de fazer nosso carnaval. Pierrôs, Colombinas,
Arlequins, Caciques e Diabinhos. Uma grande algazarra, sinal de que o
samba já está nas ruas. Das janelas do Municipal assiste-se a essa
fanfarra, enquanto nos salões do teatro, imponentes fantasias, senhores de
smoking, damas de longo, figurinos glamourosos para a época. Sandro Carvalho |