Alô Comunidade!
Do “Grêmio Recreativo
Escola de Bambas
Unidos do Prazer e da Alegria,”
Tramo as palavras
Revelando minha poesia:
O sol se põe...
A Cabrocha se enfeita,
Mães Baianas se armam,
A magia do carnaval se deleita.
Sambistas se vestem de nobres,
Uma combinação perfeita.
Um canto se espalha
pelo ar.
O Pavilhão do amor percorre becos e vielas,
E o morro desce para desfilar.
A cultura reforça os
elos.
São negros, morenos, selvagens e amarelos.
Uma mistura de uma festa sem recato,
Também somos brancos, vermelhos e mulatos.
Tudo acontece num
estado de graça,
É a celebração do arco íris de todas as raças.
Mais do que tudo,
É como se a vida se expandisse
Por uma única fresta.
Para Luma, uma justa homenagem.
Para o Brasil, é o coração de um país em festa.
No baile da Rio Branco,
Chega uma gente colorida e festeira,
Que vem dos “brasis”.
Celeiro da cultura brasileira.
São muitos, são tantos
Que se curvam sob a luz de seus encantos
Não é conto, nem magia
É bumba meu boi
Brincando na folia.
Bate tambor!
É maracatu, sim senhor.
Com muito brilho e muita cor.
Solto é o frevo,
Cada um pro seu lado
De passo marcado
E sombrinha na mão.
Já os caboclinhos
É ritmado ao som,
Dos índios, tirados do chão.
Tem boi de mamão,
E cordões de bichos,
Preservando os animais.
Aí estão os Clóvis,
Recebendo essas manifestações
Dos nossos carnavais.
Na sua infinita beleza
A vida não tem perigo, é boa,
De certo, é pioneira.
Pra te ver passar
Os ritmos afros descem a ladeira,
Rufam os tambores
Da alma brasileira.
Vem o povo do Ketu,
As guias dos filhos do sagrado,
Olodum num toque refinado,
E a festa dos timbaleiros,
Com seus corpos pintados.
É na Lapa
Do Orunmilá,
Bloco afro-carioca,
Que ao som do ijexá
Recebe os ritmos
Ao te ver brilhar!
E a alegria prevalece,
Das ruas os blocos te aquecem.
E o sob o brilho do teu olhar,
Que a folia resplandece.
De lá pra cá.
Daqui pra lá.
Não tem choro, nem vela.
Tem até marmanjo
Chupando chupeta,
No cordão da bola preta.
É na Cinelândia
Que tudo ganha vida.
Percebemos o quanto é querida.
A criatividade predomina,
Entre muitas fantasias
Brincam arlequins, pierrôs e colombinas.
A alegria é geral
Todos rumam
Pra Sapucaí,
Como personagens
Do seu carnaval.
Sob os encantos
Da “deusa da lua”
Tudo se converte.
Ecoa o apito do Eterno Mestre,
Baila Maria Lata D’água,
E o teu povo se diverte.
Chegou a hora,
Bate forte o coração.
A cuíca chora,
Os repiques inflamam,
E o vigor dos surdos,
Não demora.
Explode de emoção.
O povo aplaude,
Esse encontro de gente feliz.
No balanço dos ganzás,
E na batida dos meus tamborins.
A avenida é sua.
E o enredo é o seu altar.
Com cortejos e desejos
Para onde todos querem emigrar.
É nos laços da folia,
Que Luma vai passar.
Carnavalesco: Marcus
Ferreira
Pesquisa e texto: Marcos Roza