barra1.gif (920 bytes)
C.C.E.S. FLOR DA MINA DO ANDARAÍ

Sinopse 2010

barra1.gif (920 bytes)

 


"VELA"

 

APRESENTAÇÃO

Após o término do carnaval 2009, onde realizamos nosso grande sonho de retornar ao Carnaval da Marques de Sapucaí, iniciamos uma trajetória rumo a um projeto onde “iluminados com uma luz vindo de uma vela...”. Esse singelo objeto, que na verdade tem várias propriedades, nos encantou! Realizamos uma grande pesquisa que nos levou ao delírio com a palavra VELA, e chegamos a conclusão de que seria muito óbvio somente mostrar na Marques de Sapucaí as atribuições da Vela como fonte de iluminação e adorno religioso.
Buscamos mais, e resolvemos ilustrar nosso enredo com todas as atribuições do nome Vela.
Desta forma enriquecemos nosso Carnaval e chegamos ao nosso grande propósito de criarmos uma identidade carnavalesca na Flor da Mina que acreditamos que será a marca de nossa Escola.

Flor da Mina 2010, Mania de Vela...

 

PRIMEIRO SETOR – A VELA QUE ME FEZ NAVEGAR...

Para iniciarmos a narrativa do nosso Enredo, iremos apresentar a Vela como grande responsável pelo descobrimento dos continentes – apaixonados pela Flor da Mina e sabendo que a história da Vela começa como sendo fonte de energia - atribuímos o seu registro de aproximadamente 50 mil anos antes de Cristo. Mas iremos iniciar nosso enredo baseado nos fatos em que, na grande época das navegações certamente dentro das saudosas caravelas, o uso da vela como fonte de energia de luz foi imprescindível para traçar rotas ou mesmo iluminar os porões dos navios.

Desta forma, conforme o mundo foi sendo descoberto e colonizado, a vela que ilumina foi sendo conhecida. Aqui mesmo no Brasil sabe-se que não existia a luz da vela antes do descobrimento.

Um grande mar com uma fauna e flora encantadora será representado na Marques de Sapucaí. A Vela feita de pano, em choque com o vento, levou o homem a conhecer lugares fantásticos.O nosso Brasil é um grande exemplo.
O desbravamento das caravelas tripuladas ora por piratas ora por descobridores, fez com a fosse confirmado de que a terra era redonda.

Vela à Vista...

 

SEGUNDO SETOR – VELA, A LUZ DA VIDA!!!

Como acima mencionamos, temos registro de velas 50 mil aos antes de Cristo. Cubas com gordura animal derretida e pavio feito com fibras de vegetais são os relatos das primeiras velas que serviam apenas para iluminar e exalava um a Roma não muito agradável. Sebo de carneiro enrolado em cascas ou musgos também foi utilizado para fabricação das primeiras velas, e a cera obtida da abelha foi à primeira matéria prima da vela utilizado pela Igreja.

A Vela é o elo entre um plano espiritual inalcançável em diversas religiões, à vela nos liga a uma atmosfera religiosa.
Aqui no Brasil à vela como símbolo religioso foi trazida pela Igreja Católica, enfeitou altares barrocos, e logo foi utilizada em candelabros belíssimos escravos negros encravados nas vergonhosas senzala, eram obrigados a cultuar os Santos da Religião vinda de Portugal, não conheciam a Vela como elemento religioso e usavam os elementos oferecidos pela natureza como ligação espiritual com seus credos.

A vela teve uma participação importante nessa mistura de credos que ajudou a formar o brasileiro foi cultuada no Candomblé “tupiniquim” e hoje é usada para iluminar as pomposas imagens das religiões afras brasileiras.

Enfim, o mundo inteiro passa a acender velas para seus santos de proteção, anjos, orixás, ou seja, de acordo com sua crença religiosa.Há uma interpretação simbólica para a magia das velas: O Homem.
O Corpo, a Cera, A alma o Pavio e o Espírito, a Chama.

Na magia que envolve a Vela, o fator primordial: a crença. A crença é que nos impulsiona em nossas atitudes místicas e religiosas.Para muitos o simples fato de que acender Vela, além de ser um ponto de luz, ajuda na concentração.

A vela também tem seu atributo religioso, como fonte de pedidos. Quem nunca acendeu uma vela pra seu Santo após realizar um pedido? Certamente podemos afirmas que muitos de nossos componentes antes de sair de sair de casa para desfilar em nossa Escola, acendeu uma Vela e fez um pedido para que a Flor da Mina realizasse o seu sonho...

Na procissão, a Vela é sempre vista nas mãos de beatos e romeiros, que envoltos em cantigas e ladainhas depositam toda a sua fé. Também vale sempre acender uma Vela para o nosso anjo da guarda, que nos protege incansavelmente.

Enfim, a Vela deixa de ser um objeto de iluminação do ambiente para se tornar à vela que ilumina nossas vidas.

 

TERCEIRO SETOR – NOVOS TEMPOS, NOVAS VELAS...

O HOMEM É UM ARTISTA POR NATUREZA E AS VELAS PASSAM A SER UMA GRANDE FONTE DE ARTE. Começou a ser utilizada para ornamentar os ambientes em ocasiões festivas. Palácios foram iluminados com velas decoradas e perfumadas. Nestas datas comemorativas servem ainda hoje como adorno essencial. Tornou-se o símbolo da vida e sinônimo da eternidade!!!

Nos teatros, eram colocadas por traz de vidros com água colorida para oferecer uma iluminação especial.Por falar em teatro, Oswaldo de Andrade, pai do movimento modernista no Brasil nos anos trinta, criou a peça “O REI DA VELA”, onde caracteriza uma peça com grande compromisso social.

Na hora de cantar parabéns ela é assoprada, na Primeira Comunhão carregada, no Casamento representa a união do amor. No jantar apaixonado ilumina corações e na sensualidade desinibe com fervor...

Em toda casa é muito comum uma pessoa, com o mínimo de cautela, ter um pacote de velas para uma emergência caso falte energia elétrica. Guarda-se o pacotinho em algum lugar escondido e depois esquecido. É sempre impossível encontrá-lo no escuro e, por isso mesmo, seria uma boa idéia manter velas decorativas espalhadas pela casa, que terão a missão não só de decorar o lar, mas ser facilmente avistadas na falta de energia.

Até na música a vela encanta, o cantor Milton Nascimento gravou a canção “Sentinela”, letra com forte apelo emocional. Outro que gravou uma música inspirada na vela foi Jorge Vercilo. A letra da música é um belo passeio pela palavra vela. O nosso querido Zeca Pagodinho, ícone do samba brasileiro e devoto fiel de Ogum nos presenteou com a música “velas para São Jorge”.

Até para nos locomover em nossos carros a vela é imprescindível, e ainda no velho filtro de água localizado no canto de nossa cozinha, lá esta ela, filtrando a água para matar a sede.
As cores, formas e aromas das velas se tornaram um hábito muito comum em eventos anuais ou no dia a dia.

Cada cor ou aroma tem uma ligação espiritual que envolve um misticismo com grandes propriedades positivas:

Cores: Amarela: contra depressão e solidão
          Laranja: alegria, energia e autoconfiança.
          Violeta: harmonia entre as pessoas
          Azul: calma e serenidade
          Branca: paz interior, pureza e para receber bênçãos recebidas.
          Verde: renova as energias, estimula cura e paz.
          Rosa: conforto e aconchego para a alma
          Dourada: sucesso
          Vermelho: desperta energia vital como paixão e agressividade.

Nossos componentes em suas lindas fantasias estarão trajando as cores acima que unidas certamente serão de grande valia para o sucesso em nosso desfile.

Aromas: Laranja: refrescante energia positiva
            Lírio: proteção e disposição
            Maça: boa sorte e vitalidade
            Pitanga: dinheiro e sorte
            Tangerina: contra insônia, irritabilidade e até celulite.

 

QUARTO SETOR – “BONS EVENTOS” – A HISTÓRIA DE UMA VELA CAMPEÃ...

Como vimos acima, a palavra vela esta sempre em nossas vidas de forma bem positiva poderíamos deixar de mencionar o esporte, onde a vela mostrou para o mundo diversos brasileiros campeões.

Em pleno país do futebol, onde alguns de nossos craques, quando eram crianças relatam que dormiam com a bola do seu lado, não seria nenhum exagero afirmar que nossos maiores campeões no iatismo também acordavam com um tipo de vela para velejar ao lado da cama.

O Rio de Janeiro maior expoente de brasilidade foi o primeiro passo para essa vitoriosa saga. As sedutoras águas da Baia de Guanabara reservam um importante capítulo nessa história de sucesso. No início só século passado marcou o início do iatismo no Brasil, com a criação do primeiro Iate Clube brasileiro fundado pelo Comodoro Almirante Alexandrino de Alencar, as margens da praia de Botafogo.

O esporte até então muito timidamente praticado no Brasil foi tomando novos rumos e em 1910 se instalou na praia de Gragoatá na Cidade de Niterói no outro lado da baia de Guanabara.

A Cidade de Niterói tem sido a maior referência do esporte no Brasil, diversos iates clubes e Clubes de ensino da prática do esporte estão instalados na Cidade que chamamos de Sorriso.

Tudo isso deu início quando o dinamarquês radicado no Brasil, Comodoro Preben Schmidt, carinhosamente tratado como o “velho Preben” se encantou com os ventos do local. Preben foi o patriarca de mais de duas gerações de velejadores: Axel e Eric. Tricampeões mundiais da classe Snipe. Torben e Lars gral (netos de Preben) igualmente tricampeões na classe.

Esse esporte hoje tem sido vitorioso em todas as classes disputadas. E temos como grande referencia os atletas Torben Grael, Lars Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt como os grandes campeões olímpicos e pan–americanos. E ainda vitoriosos em inúmeras competições internacionais.

Por fim o Iatismo Brasileiro é o maior orgulho olímpico de uma Nação verde e Amarela que vem mostrando seu grande valor. O samba e a vela unidos por um país mais justo e com grande compromisso social.

Embarque nesta regata rumo á vitória...
 

Rodrigo Sampaio
 

volta.gif (1281 bytes)