G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA |
Sinopse 200 5 |
Quando olho pro céu e vejo a lua brilhar penso que ela roubou a luz do teu olhar. Quem sou eu, pobre mortal, pra entender o mistério e compor o meu verso... se Deus não me contou como criou o universo? Tudo que havia era a imensidão. E o silêncio profundo da escuridão. Mas como Deus tudo pode, resolveu-se a questão: fez o Sol, fez a Terra, fez a noite e o dia, e na tela vazia pintou a Criação. O Sol e fogo, a água e o ar - o que mais quer o homem para vida criar? A mulher, meu Senhor, e com ela o amor, que sem ele nem vale uma vida levar. Num leve movimento Deus pôs o mundo a girar. E com tal encantamento que a dança do vento encheu de ondas o mar. E caprichou pra valer no quesito beleza. Da mulher fez a for e o amor à natureza. Só não sei quem veio antes, quem aqui chegou primeiro: a beleza deste céu do Rio de Janeiro. Com o toque de humor de quem sabe o que faz, preparou a surpresa do óleo e do gás. E guardou tão guardada a herança divina que o homem levou um tempão pra achar. A riqueza escondida debaixo da terra e no fundo do mar. Ninguém sabe, ninguém viu quando tudo começou. Mas é certo que acabou só no sétimo dia - e com certeza Ele queimou um baita energia! A energia está no ar, em cada verso do meu cantar. O desafio é saber usar - para criar, para curar, para salvar. Se Deus, em sua onipotência, nos deu a inteligência, não podemos desperdiçar. Mangueira, Estação Primeira, tua energia contagia a avenida inteira. Tudo na vida tem energia. Na luz que acende, no nascer do dia. No sopro do vento que leva a jangada para a pescaria. No gol da vitória, no abraço da glória de ver minha escola esbanjar alegria. Na fé e na paixão que trago dentro de mim, no pulsar do coração e no som do tamborim, na alegria e na dor, no beijo louco de amor e no orgasmo sem fim. Eu sou do bem, você também, vamos cantar e sambar e com muita alegria a avenida energizar.
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