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G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Sinopse 2006

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"A VIDA QUE PEDI A DEUS"

 

Viver bem. A realização dos nossos desejos mais profundos pode ser resumida nestas palavras. Para um coração sambista, transformar a vida num eterno desfile é alcançar a plena felicidade. Imagine se todo dia fosse carnaval... Se o mundo todo girasse ao som do samba, batucado em cada esquina da Terra... Certamente, a aventura de viver teria muito mais poesia.

Imaginar. Sonhar. Transformar. Seguir rumo ao infinito, onde possamos alcançar as estrelas, chegar perto de Deus e a ele pedir a vida que sempre sonhamos, onde todo dia é carnaval. O mundo é a grande ALEGORIA, cabendo a nós construir o nosso próprio ENREDO, atingir a pena EVOLUÇÃO, espiritual, com mais HARMONIA, nessa grande passarela que chamamos de vida.

Vamos erguer a BANDEIRA do bem viver e desfilar uma nova realidade, construída a partir da festa que nos faz sentir tão vivos. Vamos congelar o momento em que a batida do surdo se confunde com a do coração, anunciando a nossa escola na avenida, aquele instante em que a emoção pulsa forte, a mente delira, o corpo se entrega...

Mocidade Independente de Padre Miguel Carnaval 2006 - Apresenta:

 

A Vida Que Pedi A Deus

Sambo, logo existo! Quero viver eternamente o espírito onírico da grande festa que o povo dá presente a si mesmo. E sair por aí espalhando minha raiz em verde e branco, mostrando a minha identidade. Ser eterno folião nesse mundo de meu Deus. Esta é a vida que pedi a ele.

Mas o futuro aponta para o fim dos tempos, onde a profecia maior alerta para o término da nossa experiência terrena. O mais profético dos escritos diz que este mundo sucumbirá num evento monumental, chamado Apocalipse. O que me resta? Sonhar...

Com o dom da esperança reinvento a própria história. Sou Mocidade, esta grande máquina da alegria, que viaja à velocidade do sonho, movida à emoção. Nossa última parada: o bem viver. Mas como a própria vida nos ensina, a felicidade não está no destino, e sim, no caminho. Pois vamos refazê-lo, brincando com o tempo. Vamos aproveitar este nosso cenário carnavalesco para pôr ordem no caos: Mudar o ENREDO do mundo, através da evocação de quatro cavaleiros, que, numa éterea aparição, transformam o Apocalipse em Apoteose e fazem desta FANTASIA, a mais bela realidade.

Quis a Autoridade Divina que criássemos dias de trégua para viver como lhe pedimos. E demos a este tempo nome de carnaval. Com o poder da alegria, vamos fazer com que estas quatro forças se transmutem em boas energias, e nos guiem por esta odisséia rumo ao essencial da vida. Esta sim a que pedimos a Deus.

Desce dos Céus o primeiro cavaleiro: A Paz. Representa os ideários humanos e transforma o mundo através do aprendizado com suas experiências do passado. É a reconquista do bem viver pelos grandes ideais, gerados em engenhosas mentes e necessidade de criar um mundo melhor. Surge um manifesto em favor da vontade comum e do bem estar de todos, criada a partir do pensamento revolucionário de uma mocidade consciente e independente.

Nasce a consciência de igualdade e justiça. Um mundo onde o "partido" é pensar inteiro. Todo poder emanado do povo e em seu nome sendo exercido. Os grandes imperadores das nações se curvando à bandeira do bem viver. É livre o pensamento e sua manifestação.

"Soldados! Não batalheis pela escravidão Lutai pela liberdade"

O mundo não é preto, branco e cinza. Tem todas as cores é plural. Tem todas as raças, é mestiço. Tem todos os sons, é carnaval! Clarins anunciam a segunda ordem celestial para reinvenção do mundo.

Surge o Cavaleiro da Fartura, que nos traz a consciência de que a natureza é adorno e provedora de todos os seres vivos, dando-nos o sustento e ensinando que o mundo é grande demais para existir a fome. O homem aprende que pode multiplicar alimentos do corpo e da alma para depois partilhá-los com os seus. As matérias-primas estão ao nosso redor e uma Maravilha Fábrica da Felicidade produz toda uma nova ordem mundial, com pleno emprego e plena satisfação, com operários trabalhando a todo vapor. Nasce um mundo de fartura, antes só imaginando nos dias de "gordo" de Momo.

O avanço da ciência (e consciência) evoca o Terceiro Cavaleiro: A Saúde. Para todos os males, encontra-se a cura através do desenvolvimento de terapias alternativas e do estudo de novos remédios e tratamentos na luta pela vida. O conhecimento sobre o seu próprio corpo leva o homem ao ápice da evolução. Contaminados somos todos pelo novo vigor que nos transforma em seres evoluídos. Corremos rumo ao futuro, saltamos os obstáculos, driblamos as epidemias, superamos as divergências, enfrentamos os desafios... E sambamos noite afora, entregamos nosso corpo como oferenda ao pleno prazer da celebração. Enfim, vencemos.

Mente aberta para uma nova filosofia. Sob o comando do quarto cavaleiro, O Equilíbrio, renovamos a fé num novo dia. Cultivamos bons sentimentos e alcançamos a tão sonhada paz de espírito. Aprendemos a ver beleza do mundo e a reconstruí-la na arte de criar uma nova dimensão alegórica. Sem pressa dos tempos modernos, sem o estresse nosso que nos atormenta a cada dia. Alcançamos, enfim, o real sentido da palavra racional, ao lidar de uma maneira mais completa com o ambiente em que vivemos, pensando menos, sentindo mais, religando-nos com a nossa natureza mística.

Com a evocação desses quatro elementos, chegamos ao momento máximo de iluminação. Os cavaleiros se unem num ritual de celebração da nova ordem. Nasce a partir desta nova realidade a esperança de que cada homem não se conformará apenas em existir, mas sim em viver. E viver bem, virando o jogo a nosso favor. Chegamos, enfim, ao grande portal que nos leva a uma nova experiência, recordando o sonho um dia cantando com a mais natural alma indígena e evocando a modernidade de tantos carnavais.

Vejam a quanta alegria vem aí! É uma cidade a sorrir, construída com a nossa identidade tupiniquim, onde sobram irreverência, vanguarda e tropicalismo. Chegamos à metrópole que elevou à máxima potência nosso ideal de civilização, erguida a partir do sonho alucinado de uma nova possibilidade de vida.

Vamos celebrar a eterna mocidade de uma Mocidade. Alcançamos a marca de cinqüenta anos com a alma jovem, sempre com a cabeça nas nuvens (quantas viagens pelo espaço sideral!) e os pés no chão (na nossa mais profunda raiz brasileira). Uma vida da melhor qualidade!

E para comemorar mais um capítulo dessa história, vamos resgatar esta vontade de viver, mais presente do que nunca quando o surdo anuncia a estrada da escola na avenida, todo o palco da folia aplaudindo de pé meu povão de Padre Miguel. E para ser feliz, não importa a idade: Bom é viver com Mocidade.

Esta é a vida que pedi a Deus.

Mauro Quintaes

Setores:

Abertura: Máquina da Alegria
Setor 1 - Mudando o enredo do Mundo
Setor 2 - O primeiro Cavaleiro - A Paz
Setor 3 - O Segundo Cavaleiro - A Fartura
Setor 4 - O Terceiro cavaleiro - A Saúde
Setor 5 - O Quarto Cavaleiro - O Equilíbrio
Setor 6 - A Apoteose do Mundo
Setor 7 - Tupinicópolis - Homenagem aos 50 anos

 

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