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G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA

Sinopse 2005

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"CARNAVAL - FESTA PROFANA"

 

" O Rei mandou, cair dentro da folia, ... E lá vou eu..."

Beber da fonte que mata essa sede de alegria, mergulhando em águas tantas vezes navegadas, para me banhar em orgias milenares, na FESTA PROFANA que nos embalam os sonhos. E, como ébrio, entorpecido de euforia, vou afogando mágoas do dia-a-dia em prazeres e delírios carnais na inocência pagã de sua origem, brindar aos deuses, ao SOL INVICTUS, IN VINO VERITAS, em vestes florais de antigas primaveras e colher os frutos que nos alimentam até hoje.

Vem rimar comigo essa história, revelar a face por trás da máscara de uma brincadeira BUFA, BURLESCA, bela e desordeira, misteriosa e rica herança de Veneza.

Vem navegar nesse mar de fantasia, onda de cor e magia, que invadiu meu país por inteiro, truculento começo, ENTRUDO FORASTEIRO, de trotes, dos limões-de-cheiro, onde brincavam escravo e " sinhô ".

Vem, que hoje tem festa na rua, tem perfume nos salões, vem abraçar a alegria, salpicar de confete o chão onde dança a fantasia e ser mais um na multidão. Vem cantar, pular, zoar toda a cidade, que é esse o carnaval que não morre, que ainda há tempo para um porre, " um porre de felicidade e emoção ".

Vem, enfim, colorir a vida, tirar a MÁSCARA NEGRA da tristeza e cair de corpo e alma na folia. No TEMPLO DO SAMBA, o TIGRE é o rei da alegria, a comandar essa festa que com graça, enlaça o mundo num só coração, que bate forte como o surdo na bateria, marcando o compasso do tempo e do espaço, onde desfila meu povo feliz, um povo que se fez legítimo herdeiro do profano que se torna sagrado ao abençoar meu país.

E na dança das cores, nessa noite, minha Escola é um sol que brilha. O vermelho e branco abraça o azul e beija a ILHA na lembrança. E, todas as bandeiras do samba, no altar de nossas mães baianas, acalentando sempre mais a esperança de que " ... assim como era no princípio...", essa FESTA PROFANA, perdure " por todos os séculos, séculos e séculos, AMÉM "!!!

Alexandre Louzada

NOTA: Este enredo é uma nova versão do carnaval apresentado pelo G.R.E.S. União da Ilha do Governador no ano de 1989 de autoria do carnavalesco Ney Ayan (In Memorian). A pesquisa e o histórico do enredo foram feitos pelo historiador Alex Varela.
 

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