G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA |
Sinopse 2010 |
Moda e arte sempre caminharam juntas, mesmo que inconscientemente. É possível contar a história da humanidade de diversas maneiras, mas sempre que nosso interesse for a arte, veremos a moda, ao seu lado, se apropriando destas características artísticas para si, e então, poderemos compreender, através da maneira do homem vestir, como ele se comportou social, política e economicamente, pois a maneira de pensar vai influir diretamente nas suas escolhas estéticas. A Moda é uma arte que não veste telas nem muros, ela se expressa no movimento dos corpos, de acordo com a ideologia, o desejo de cada um. Como os belos quadros, ela apresentava a voz do seu criador.
"A moda é passageira , sua história, não".
Antes da Moda O homem nasceu nu. Quando falamos em moda na pré-história a primeira imagem que nos vem à mente são os Flintstones, que nos leva a fantasiar que naquela época tudo era "fashion", divertido. Mas das peles costuradas com tripas de animais por agulhas de marfim até a invenção do tear, vão-se muitos milhares de anos. Na Antiguidade, teremos o surgimento de grandes civilizações, que se
caracterizavam principalmente pela religiosidade, a distinção social vai
ficar muito acentuada neste período, pois quanto mais tecido maior o
poder. Neste período os ornamentos e as jóias vão começar a ganhar
destaque. E a roupa escurece, ganha tons sóbrios, a arte também. A
religiosidade aflora. A arte era inspirada pela fé e a roupa segue pelo
mesmo caminho. A silhueta não era o mais importante, e sim a quantidade
de tecido que a cobria.
No renascer do homem, nasce a moda Renasce o homem, surge a burguesia, o brocado, o veludo, e com eles o
alfaiate. Os tempos eram outros, e a roupa mudou. A busca do ideal de
perfeição, representada nas artes, também se faz presente nas roupas. Em contraposição a este ideal, vemos surgir mais tarde, um novo
movimento que mostra certa tendência ao bizarro, ao assimétrico, ao
extravagante, ao apelo emocional. O Rei francês Luiz XIV vai marcar este
período como o grande responsável pelas extravagâncias da época, que
serão assimiladas por toda Europa. E as artes seguem este mesmo caminho barroco, caracterizado pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação. O homem, aos poucos, vai se tornando mais romântico, sem deixar de
lado os exageros. Tudo é mais leve, foi um período de liberdade de
movimentos, da sensibilidade e do espírito. Com o período neo clássico, vão surgir os primeiros figurinos de moda, e a influência grega vai determinar não somente a arte como a moda. A silhueta se afina e se alonga, desaparecem as caudas, lembrando novamente colunas, e o homem se simplifica cada vez mais.
Um novo tempo Vira o século, novos rumos, novos ares, novas artes. O que ficará de herança para a história neste século? É difícil saber, mas temos certeza que alguns momentos se eternizarão: a invenção da mini-saia, do jeans e da camiseta. Isto ficará para a história, juntamente com um personagem desse tempo jamais esquecido: Mademoiselle Coco Chanel. Ela deixou de criar moda para criar estilo.
Antropofagia E o Brasil? "Moda é oferta. Estilo é escolha. Faça as suas". Desde muito tempo, quando o homem cobriu seu corpo pela primeira vez,
seja por necessidade de proteção, magia ou poder, ele descobriu um
sentimento que, a partir de então, iria definir toda sua conduta: a
vaidade.
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