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G.R.E.S. UNIÃO DE JACAREPAGUÁ

Sinopse 2006

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"ALÔ, ALÔ, INTENDENTE! AQUELE ABRAÇO!"

 

JUSTIFICATIVA DO ENREDO


Diz o velho ditado que "felicidade mora ao lado", para nós da União de Jacarepaguá, a felicidade também passa em frente. Não queremos de forma alguma contestar a frase acima, e sim apresentar o nosso Enredo para o Carnaval 2006.

O nosso Enredo "Alô, alô Intendente! Aquele abraço...", para o Carnaval 2006, tem a missão de contar a história da Estrada Intendente Magalhães. Ao iniciarmos a pesquisa do nosso tema, ficamos de frente com fragmentos históricos ligados ao desenvolvimento do Brasil, que acreditamos ser inéditos para muitos.

Como o assunto é samba, a Estrada tem a sua participação no Carnaval Carioca, com o desfile das Escolas de Samba, que aspiram galgar grupos melhores até chegar ao Desfile do Grupo Especial. A Estrada também acolhe o celeiro de bambas de duas Escolas que com muita garra representam o lugar. A Tradição e a União de Jacarepaguá.

Com a criação do Shopping do Automóvel, a Intendente Magalhães se torna novamente a grande vedete, a melhor referência para quem quer comprar, vender ou trocar seu carro.

Vamos de carona com a União de Jacarepaguá, dar aquele abraço para todos em nosso desfile na Marques de Sapucaí, e acreditar que dias melhores estão pra vir...


1º SETOR - PELOS CAMINHOS DA ESTRADA REAL, RUMO A FAZENDA IMPERIAL...

primeiro caminho dos jesuítas rumo a fazenda de Santa Cruz,
dando origem a estrada sendo cruzada pela Companhia de Jesus...
virou passagem obrigatória para viajantes caixeiros,
com destino a cidade do Rio de Janeiro...
e de províncias dos mais distantes locais,
como de São Paulo, e Minas Gerais...
ai vem a Coroa Portuguesa, e se encanta com a fazenda,
criando um sonho Imperial!
que hoje e contado e cantado pela nossa escola,
neste carnaval...
logo se descobre um paraíso belo e prospero para cultivar,
sendo assim chamado de sesmaria de Jacarepaguá...
a estrada Real é criada, rumo a fazenda de Santa Cruz encanto do Imperador! transportando a Corte Imperial, riquezas e valor...


2º SETOR - TRANSPORTANDO O PROGRESSO, UMA HISTÓRIA DE SUCESSO...

com o passar dos tempos, dizimou-se e recebeu outras designações,
até chegar a definitiva Intendente Magalhães...
foi personagem do progresso da região!
integrou vilas e bairros, e foi o percurso inicial
da estrada Rio - São Paulo, quando a Cidade era a Capital...

alô, alô Realengo, Campos dos Afonsos, Marechal Hermes,
Campinho, Sulacap, e tantos mais,
para mandar aquele abraço, e por ela que eu passo...
na sedução do seu traço, mil beijos e paz...


3º SETOR - A RIBALTA DO SONHO ESPECIAL, REDUTO DE BAMBAS DO CARNAVAL...

abriga o sonho do carnaval,
desejo das escolas com o grupo especial,
é o palco onde tudo começa!
ta regulamento, antes da Marques de Sapucaí,
tem que passar pela Intendente,
mais quem diz que ali o povo também não sorri!

nas suas margens uma grande ave vez seu ninho,
bem no bairro de Campinho!
o Condor guerreiro, montou seu celeiro...
falo da Escolas de Samba Tradição!

próximo dali, também bom samba de ouve,
uma certa Escola com apelido de arroz com couve,
representa bem o lugar,
claro que a nossa querida União de Jacarepaguá...


4º SETOR - MOVENDO A PAIXÃO, COROADA PELA UNIÃO...

certo estava, quem disse que brasileiro,
é apaixonado por carro!
com a criação do Shopping do Automóvel
bem aqui no Rio de Janeiro,
a Intendente se torna mais uma vez inesquecível!

compro, vendo e troco,
faço negócio, até não poder mais,
dou de entrada o meu usado,
e saio com o zero, com motor super capaz...

posso pagar em tantas vezes,
acho que vou comprar em vinte meses,
e curtir o meu possante sensacional!
e com ele feliz brincar o meu carnaval...

há!, conselho bom nunca é demais,
vai com calma camarada e no trânsito sempre paz...

Rodrigo Sampaio

 

HISTÓRICO DO ENREDO


No inicio, Jacarepaguá não tinha dono, embora a rica diversidade de seres vivos, índios, animais e, vegetais conviviam com inteligência em simetria às leis da natureza. Essa harmonia ambiental cessou com o descobrimento do Brasil.

O Rei de Portugal passou a ser proprietário de tudo, com o poder de dividir o mundo descoberto entre os vassalos, sem, contudo perder a autoridade central e absoluta. Seus representantes no Brasil também tinham direito de doar, terras para agricultura. Eram as chamadas sesmarias.

Após a fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1565, houve uma luta sangrenta, para expulsar os franceses, comandados por Nicolau Durand Villegagnon. Nessa batalha, morreu o fundador da cidade, Estácio de Sá.

O seu tio, Mem de Sá, o então governador-geral do Brasil, foi quem comandou a expulsão definitiva dos corsários franceses. Depois, ele resolveu regressar para Salvador, a Capital da colônia. Antes de embarcar, nomeou outro sobrinho para governar o Rio de Janeiro: Salvador Correia de Sá.

Salvador administrou a cidade de 1567 a 1598, exceto no período de 1573 a 1575, quando foi governada por Cristóvão de Barros e no período de 1576 a 1577, por Antônio Salema.

Logo que assumiu a capitania, Salvador doou sesmarias no Rio de Janeiro para os portugueses que combateram os franceses durante a fundação da cidade.

Jerônimo Fernandes e Julião Rangel de Macedo receberam, naquele ano de 1567, terras na futura região de Jacarepaguá.


Os Caminhos de Jacarepaguá

Em 8 de dezembro de 1589, por doação da Marquesa Ferreira, viúva de Cristóvão Monteiro, primeiro ouvidor do Rio de Janeiro, os jesuítas adquiriram a fazenda de Santa Cruz.

Para atingir a nova propriedade, os padres da Companhia de Jesus foram os responsáveis pela formação do caminho que deu origem à Estrada Real de Santa Cruz.

Os povoadores pioneiros de Jacarepaguá também usavam o caminho dos jesuítas, mas em certo trecho dobravam à esquerda para as suas terras. Exatamente no local desse desvio é que nasceu o Largo do Campinho.

Nesse mesmo ponto, em direção opostas, outra curva seguia para a Freguesia de Irajá. Os viajantes elegeram o lugar para descansar, deixando os animais pastarem no campo existente no encontro desses caminhos.

O campo não era muito grande. Assim, passou a ser chamado de Campinho. O lugar tornou-se passagem obrigatória não somente para se chegar à Fazenda de Santa Cruz; para atingir outras localidades, o viajante tinha que passar pela Estrada Real de Santa Cruz e, por conseguinte, pelo Largo do Campinho.

Muitos vinham das províncias, como São Paulo e Minas Gerais. Eles muitas vezes optaram em fazer uma pausa no Largo do Campinho, antes de enfrentarem o trajeto final para a cidade do Rio de Janeiro.

A região foi loteada e se formou grandes fazendas com plantações cana - de açúcar e café.

O Ludovico foi grande plantador de café na área das atuais ruas Francisco Gifoni, Teles e Comendador Pinto, inclusive o Morro da Bica (hoje mais conhecido como Morro do Fubá, e que na época do Ludovico era chamado de Morro das Pedras).

Com a retirada dos Jesuítas da Fazenda da Santa Cruz, pelo portugueses, o Caminho passa a respirar ares nobres, e ganha a denominação de "Caminho Imperial", ou "Estrada Real de Santa Cruz".

O Ten-Cel Carlos José de Azevedo Magalhães acabou herdando uma fazenda, que pouca vocação tinha para as atividades agrárias e, ao invés, mantinha pretensões políticas, a ponto de ter sido nomeado Intendente (prefeito, chefe do executivo municipal).

Incentivado pelo Intendente Magalhães, desenvolveram-se na enorme fazenda pequenas vilas, como as de Marechal Hermes e Realengo e através destas se construíram inúmeras estradas. O presidente Washington Luiz, por exemplo, retificou e integrou à antiga estrada Rio-São Paulo, o trecho da Estrada Real de Santa Cruz, que de Campinho a Realengo, atravessava a fazenda.

O grande boom de construção foi iniciado no final da década de 1960. O trecho da antiga estrada Real de Santa Cruz que passa por Vila Valqueire recebeu o nome de Estrada Intendente Magalhães em homenagem ao Tenente - Coronel Carlos Magalhães, também dono de muitas terras na região e que foi o candidato mais votado para a Intendência Municipal (atual Câmara dos Vereadores) nas eleições de 1899.

Nos dias de hoje a Estrada tem um papel muito importante no carnaval carioca, abriga o sonho do especial. É a ribalta onde tudo começa, diz o regulamento antes da Marques da Sapucaí, tem que passar pela Intendente.

Nem as dificuldades de se colocar uma Escola na rua, tira a animação do folião e dos que ficam as margens da Estrada.

Também ali, duas Escolas montaram seu celeiros. Tradição e a União de Jacarepaguá, representam a região com muita garra!

Com a revitalização do "Caminho Imperial", e a criação do Shopping do Automóvel, a estrada se torna novamente a grande vedete, a melhor referência para quem quer comprar, vender ou trocar seu carro. Um grande marketing para a nossa região.

Vamos de carona com a União de Jacarepaguá passear na Marques de Sapucaí e dar aquele alô! "Alô, Alô Intendente! Aquele Abraço...".
 

Rodrigo Sampaio
Carnavalesco
 

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