G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA |
Sinopse 2007 |
Este ano a Unidos da Tijuca vem mostrar uma viagem pela memória criada pela luz, que grandes artistas da foto nos deixaram. Anônimos ou famosos, esses artistas criaram uma forma mágica de recordar. Essa técnica de pintar com luz surgiu causando um enorme alvoroço em toda a sociedade. Pessoas do povo, aristocratas, intelectuais e principalmente artistas viram-se diante de uma mudança brusca na maneira de retratar suas imagens. Com a capacidade de capturar um instante, criou-se a fábula de que a fotografia aprisionava a alma. E ainda com críticas instaladas ao novo, em relação à arte da pintura, surge referência à foto como uma invenção do diabo. A Tijuca traz para a Marquês de Sapucaí uma das figuras mais enigmáticas já retratada em pintura, a Monalisa, para mostrar as possibilidades desta invenção. Sendo este um dos mais importantes retratos do mundo, confeccionado pelo grande gênio Leonardo da Vinci, e cercado de tantos mistérios, deixa uma pergunta no ar. Qual seria a verdade da Gioconda se ela tivesse sido fotografada? Trancada em sua redoma protetora, proibida de ser fotografada com flashes, esta personagem liberta-se de sua prisão em óleo sobre madeira de álamo, para curtir um carnaval nas cores azul e amarelo. Em um momento nostálgico, Monalisa sem saber de suas origens, vislumbra a primeira face da fotografia para o Homem moderno. Com a popularização da fotografia, surge a possibilidade de nossas recordações serem armazenadas em pequenas folhas de papel. Quem não gosta de vasculhar álbuns e caixas que guardam fotos de nossos familiares e amigos? Sempre cercada pelo belo em seu Louvre, não pensava encarar a realidade dos retratos da vida. Artistas com suas lentes mágicas souberam dar beleza ao feio, retratando pessoas do povo, trabalhadores ou mesmo animais, capturando a essência do drama em que esses personagens se encontram. A importância plástica das imagens criando impacto na informação produz fotos premiadas que confundem nossas mentes ao vermos cenas duras causarem uma sensação de belo. Famosa e tendo freqüentado os jornais na época em que foi roubada, ela entende a força da imagem em jornais e revistas. A fotografia firma seu espaço como informação visual e arma de marketing. Ela forma opinião e divulga fatos e personalidades com a força da imagem. Sendo ela uma das maiores atrações turísticas do mundo, imagino-a como seu retrato pode dividir espaço com imponentes símbolos mundiais. Turistas ávidos por recordações buscam registrar, em máquinas instantâneas ou convencionais, sua passagem por lugares que visitam. Sendo cidadã italiana vivendo em solo francês, aprendeu a lidar com culturas diferentes. Sua curiosidade à leva a folhear publicações especializadas, que retratam pelo mundo costumes diversos e a beleza da natureza de ângulos fantásticos. Fotógrafos com câmeras sofisticadas buscam do árido solo ao fundo do mar, maneiras novas de retratar a diversidade do nosso mundo. Cercada pela bela imperfeição da pintura, que faz pairar tantas dúvidas de quem ela é na realidade. De modelo a um auto-retrato travestido, ela vê todos os avanços tecnológicos que transformaram a simples caixa preta em fantásticas máquinas computadorizadas, onde o olhar do fotógrafo pode, como os dos pintores, não só capturar um momento, mas também interferir na imagem. Ela dá um basta nas especulações e, munida de modernidade, posa para um fotógrafo brincar com sua foto em um programa digital de imagem.
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