G.R.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL |
Sinopse 2006 |
Introdução A Vila Isabel, ao apresentar seu enredo, lança um grito de alerta pela preservação e afirmação da identidade cultural latino-americana. A homenagem que faremos ao povo que habita essa longa faixa de terra que vai da Península do Yucatán à Terra do Fogo busca resgatar nossas raízes culturais, que estão fincadas nos povos pré-colombianos e na formação do mestiço, elemento que une as tradições branca, negra e indígena. "Soy Loco Por Tì, América: A Vila canta a Latinidade é, antes de tudo, uma apaixonada declaração de amor às nações latino-americanas, reforçando os laços de similaridade cultural que nos une, compondo um imenso mosaico, caracterizado pela riqueza e diversidade das práticas e representações de seus costumes. Assim, contaremos um pouco de nossa trajetória e mostraremos os traços comuns de nossas manifestações culturais. Nesse início de século XXI, o Brasil desponta como o único artesão possível da verdadeira mundialização, menos excludente e mais humanitária e igualitária. Daí a afirmação de que "o melhor do Brasil é o brasileiro", o único ser provido das mágicas necessárias a fazer o movimento de construção de "úncia pátria humana". Entre tais mágicas que nos possibilita a liderar tal tarefa, podemos mencionar a nossa tolerância, a brandura de nossos costumes, a nossa tropicalidade, o nosso caráter cultural antropofágico, o nosso sincretismo, o nosso sentimento anti-xenófobo em relação ao estrangeiro e a alegria simples que temos diante das nossas inúmeras adversidades. Portanto, a nação brasileira conseguirá transformar em realidade o sonho de Simón Bolívar - o grande libertador - que um dia pensou em transformar todo o Novo Mundo em uma só nação livre com um só vínculo que ligasse suas partes entre si e com o todo. A América Latina seria o espaço da Liberdade, da Esperança e do Futuro.
Hoje a Vila é um grito que clama, um revolucionário canto que chama, unindo em vozes continentes, num brado forte de luta, que conclama toda a América Latina, a formar um só povo, a cantar um mesmo hino. É o samba que vem juntar os elos dessa corrente, formando veias entrelaçadas, onde corre o mesmo sangue caliente, sangue que forjou o seu povo forte e valente, e que através do tempo, se derramou em defesa da terra, na resistência pela identidade de sua gente. Em cores, sons, ritmos e sabores, como delírio, o sonho enreda a história e voa livre, altaneiro, como o condor pelo azul do céu, fazendo resplandecer seus "Impérios do Sol", templos de ouro, cidades mágicas, aldeias selvagens, a fundir céu e terra, homem e natureza. Paraíso profanado a ferro e fogo, pelos grandes olhos claros da cobiça de além-mar. Senhores da guerra, cavaleiros da cruz e da espada, a ceifar mitos e crenças, páginas de dor, escritas de sangue e suor. Abençoada Mãe Mestiça, América! Que acolheu em seu seio farto e fértil, a pele escura da distante África, a força do trabalho a produzir riquezas em nome Del Rey e da fé, criando um "mundo novo no novo mundo". Pátria do Pau-Brasil, República das Bananas, Ilhas de Açúcar, Impérios do Café. América Latina que fez da mistura um tempero forte de coragem e bravura, redesenhando seus traços, colando pedaçõs, fez-se mosaico multicor, teceu a fibra de seu caráter, o coração alado, espírito indomável de liberdade, de alma serena e tolerante, tropicaliente e morena. Deus salve a América Latina!!! Bendita és entre todas as nações!!! Glorificamos sua diversidade, louvamos seus heróis, líderes, poetas, seu povo, suas virtudes e pecados, de cima, do lado e de baixo do Equador. Hoje o Brasil apaga as fronteiras e num poema em "portunhol", busca a rima mais bela e canta a latinidade. Somos um por todos, todos por ela, América Latina, do sangue e da paixão, o "Tica-Tica-Bum" que bate forte e loco no compasso do coração, pulsando o orgulho mestiço, unindo os povos latinos, formando uma só nação, Pátria Humana Única, na igualdade de viver, na liberdade de ser, na fraternidade de dar e receber. E a Vila Isabel, Libertadora, faz do sonho de Bolívar a realidade, na mágica do carnaval. Um "jeitinho brasileiro" promovendo a integração como se fosse bailar La Bamba, vem temperar seu samba, com "salsa", "mambo" e "merengue", arriscando um paso doble de "tango", balançando na "rumba" e na "conga", numa mistura original. E, ao se coroar de forma diferente, colorida e tropical, numa hola de alegria, bate orgulhosa no peito dizendo: Soy Loco por Tí, América e Viva la Revolución!!!
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